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Apple perdeu quase US$ 640 bi com quedas sucessivas e temores sobre tarifas de Trump

Após três dias de perdas, o gigante da tecnologia viu seu valor de mercado encolher em 19% e enfrenta os impactos das tarifas sobre a China

Apple: a queda da Apple nos últimos três dias já acumula perdas de 19% (Leandro Fonseca/Exame)

Apple: a queda da Apple nos últimos três dias já acumula perdas de 19% (Leandro Fonseca/Exame)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 7 de abril de 2025 às 17h30.

Última atualização em 7 de abril de 2025 às 17h41.

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O mercado acionário se saiu melhor nesta segunda-feira do que nos dois dias anteriores, mas a Apple continuou a sofrer, com queda de 3,7% e novas preocupações sobre os impactos das tarifas de Donald Trump, que podem prejudicar fortemente a empresa.

A queda da Apple nos últimos três dias já acumula perdas de 19%, resultando em um encolhimento de US$ 638 bilhões em sua capitalização de mercado.

A empresa está entre as mais expostas ao impacto da guerra comercial, dizem analistas, devido à sua grande dependência da China, que enfrenta tarifas de 54% sobre suas exportações para os Estados Unidos.

Embora a Apple tenha produção em países como Índia, Vietnã e Tailândia, essas nações também estão sujeitas a tarifas mais altas devido à ofensiva comercial de Trump. Com isso, o gigante da tecnologia pode enfrentar dificuldades para evitar os custos adicionais.

No setor de tecnologia, a Apple foi a que mais sofreu neste período, especialmente em comparação com outras grandes empresas como Microsoft e Tesla, que também viram quedas, mas não tão expressivas. No Nasdaq, o índice terminou a segunda-feira com leve alta, mas após um tombo de 10% na semana passada, o pior desempenho em mais de cinco anos.

Aumentos de preços ou corte nos lucros?

Os analistas acreditam que, para lidar com os novos encargos tarifários, a Apple precisará ou aumentar os preços de seus produtos ou absorver os custos adicionais, o que poderá impactar ainda mais seus resultados.

Os analistas do UBS estimaram que o preço do iPhone mais caro poderá subir até US$ 350, ou cerca de 30%, em relação ao preço atual de US$ 1.199.

O analista do Barclays, Tim Long, acredita que a Apple poderá aumentar os preços, ou, caso contrário, sofrer um impacto de até 15% no lucro por ação. Outra possibilidade seria a empresa reorganizar sua cadeia de suprimentos para importar de países com tarifas mais baixas, uma tentativa de minimizar os efeitos das taxas elevadas sobre sua produção.

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