iPhone 14 (Foto/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 8 de setembro de 2023 às 12h48.
Última atualização em 8 de setembro de 2023 às 12h52.
A Apple perdeu cerca de US$ 200 bilhões em valor de mercado, após dias de tensão envolvendo a restrição de uso do iPhone a China. Suas ações fecharam em queda de 2,92% na quinta-feira, 7. Os papéis já tinham registrado um tombo de 3.6% no dia anterior, depois de que o The Wall Street Journal reportou que autoridades chinesas proibiram funcionários de agências governamentais de usarem iPhones para fins profissionais e até mesmo levarem esses dispositivos para o local de trabalho.
A diretriz é o mais recente passo na campanha de Pequim para reduzir a dependência de tecnologia estrangeira e melhorar a segurança cibernética, e surge no meio de uma campanha para limitar os fluxos de informação sensível fora das fronteiras da China.
Não ficou clara a abrangência das ordens, mas mensagens semelhantes foram enviadas aos funcionários de alguns órgãos reguladores do governo central.O Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China e a Apple não responderam imediatamente a pedidos de comentários.
Há anos Pequim restringe o uso de iPhones por funcionários de algumas agências do governo, mas a ordem agora foi ampliada, disseram as fontes. A última ordem sinaliza um esforço intensificado de Pequim para garantir que suas regras sejam rigorosamente aplicadas.
A restrição da China reflete proibições semelhantes nos Estados Unidos contra a Huawei, bem como contra autoridades que utilizam o TikTok, de propriedade chinesa, com ambas as superpotências preocupadas com vazamentos de dados num contexto de maior ênfase em segurança nacional.
As ações da Apple apresentam leve recuperação nesta sexta-feira, 8, subindo pouco mais de 1%. Seu valor de mercado ainda é o maior do mundo, de US$ 2,81 trilhões. A empresa foi a primeira da história a bater US$ 3 trilhões em valor de mercado, em junho.