Chances de uma terceira etapa de afrouxamento monetário, o chamado Programa Quantitativo 3(QE3), aumentaram desde que a nota triplo A do rating dos EUA sucumbiu (Mark Wilson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2011 às 12h20.
São Paulo – Após o conturbado pregão de ontem, o Ibovespa busca amenizar as recentes perdas sofridas e opera no terreno positivo desde a abertura dos negócios. Na máxima do dia, o principal índice da bolsa registrava ganhos de 4%, aos 50.659 pontos. Em 2011, a desvalorização é de 27%.
Nos Estados Unidos, os mercados também operam no azul. No início da tarde, índice Dow Jones subia 1,6%, o Nasdaq avançava 2,8% e o S&P-500 estava em alta de 2,2%. A atenção dos investidores está totalmente voltada para o desfecho da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na tarde de hoje.
Diante da transformação da crise das dívidas na Europa e nos Estados Unidos em uma crise de fraqueza econômica global, os agentes aguardam uma sinalização do Fed sobre a adoção de novos estímulos para restaurar a atividade.
As chances de uma terceira etapa de afrouxamento monetário, o chamado Programa Quantitativo 3(QE3), aumentaram desde que a nota triplo A do rating do país sucumbiu, na última sexta-feira.
Brasil Ecodiesel
As ações ordinárias da Brasil Ecodiesel (ECOD3) estão entre as maiores valorizações do Ibovespa neste pregão. Na máxima do dia, a alta dos papéis era de 9,8%, ao preço de 0,56 real.
A Brasil Ecodiesel e a Vanguarda comunicaram ao mercado que suas administrações vão submeter às suas respectivas assembleias gerais extraordinárias a proposta de incorporação das ações de emissão da Vanguarda pela Brasil Ecodiesel.
Ontem, o Conselho de Administração da Brasil Ecodiesel aprovou a proposta feita por sua diretoria para promover a incorporação de ações. A operação será submetida à aprovação dos acionistas da Brasil Ecodiesel e da Vanguarda. A assembleia da Brasil Ecodiesel vai analisar a proposta de incorporação, o laudo econômico e o aumento do capital social da Brasil Ecodiesel em decorrência da incorporação de ações, entre outros pontos.
Banco do Brasil
Em meio à temporada de resultados, a expansão do crédito e a manutenção de baixos níveis de inadimplência fizeram o Banco do Brasil (BBAS3) superar as previsões de lucro no segundo trimestre, mas a desaceleração da economia fez a instituição reduzir a expectativa de aumento dos financiamentos em 2011.
O maior banco do país informou nesta terça-feira que teve lucro líquido de 3,357 bilhões de reais no período, um avanço de 23,2% na comparação anual e também acima dos 2,957 bilhões de reais previstos por analistas ouvidos pela Reuters.
As ações ordinárias do BB subiam 5,5%, valendo 23,89 reais, na máxima do dia. No ano, os papéis mostram uma desvalorização de 21%.
Itaú Unibanco
O mercado também repercute os números divulgados pelo Itaú Unibanco (ITUB4). O banco afirmou que seu lucro líquido somou R$ 3,3 bilhões no segundo trimestre pelas normas contábeis internacionais IFRS (International Financial Reporting Standards) ante os R$ 3,6 bilhões pelo padrão BRGAAP, já anunciado. Na mesma comparação, o lucro líquido recorrente foi R$ 3,0 bilhões no segundo trimestre em IFRS e R$ 3,3 bilhões em BRGAAP.
As ações preferenciais também entregam fortes ganhos nesta terça-feira. Na máxima, os papéis valorizavam 5,9%, negociados a 27,07 reais. Em 2011, as ações do Itaú Unibanco amargam perdas de 31%.
Fibria e Suzano
A Fibria Celulose, maior produtora mundial de celulose, teve sua recomendação rebaixada de compra para neutra pelo Bank of America Corp., que disse que a apreciação do real pode afetar as exportações da companhia. A concorrente Suzano Papel & Celulose SA foi rebaixada de neutra para desempenho abaixo da média de mercado (underperform).
“A combinação de real forte e pressões de custos do setor se traduz em margens menores e altas taxas de endividamento para Fibria e Suzano, o que explica a necessidade de reforço de seus balanços”, escreveram os analistas incluindo Thiago Lofiego em relatório a clientes.
Mesmo com as estimativas mais modestas pelo BofA, os papéis se mantêm no terreno de ganhos neste pregão. As ações preferenciais classe A da Suzano (SUZB5) subiam 3,6%, negociadas a 8,77 reais. Já as ações ordinárias da Fibria (FIBR3) atingiam a valorização de 2,8%, ao preço de 14,50 reais.
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