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Após tombo em NY, bolsas asiáticas fecham majoritariamente em forte baixa

Na China, os mercados ficaram relativamente estáveis, após registrarem variações extremas - para cima e para baixo

Imagem de arquivo: nas últimas semanas, o apetite por ações vem sendo prejudicado por múltiplas preocupações, que incluem a desaceleração da China (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)

Imagem de arquivo: nas últimas semanas, o apetite por ações vem sendo prejudicado por múltiplas preocupações, que incluem a desaceleração da China (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de outubro de 2018 às 08h09.

São Paulo - As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em forte baixa nesta quinta-feira, reagindo a um novo tombo dos mercados acionários dos EUA, em meio a uma persistente onda de aversão a risco alimentada por uma série de fatores.

Nos negócios de ontem, os índices acionários Dow Jones e S&P 500 terminaram o pregão em baixa de 2,41% e 3,09% em Nova York, respectivamente, apagando os ganhos acumulado no ano, enquanto o Nasdaq sofreu um tombo de 4,43%, engatando correção técnica.

Nas últimas semanas, o apetite por ações vem sendo prejudicado por múltiplas preocupações, que incluem a desaceleração da China - que ameaça o desempenho econômico global -, o impasse orçamentário da Itália, o isolamento da Arábia Saudita após a morte de um jornalista saudita dissidente na Turquia, e dificuldades nas negociações do Brexit - processo para retirar o Reino Unido da União Europeia - que ameaçam a liderança da primeira-ministra britânica, Theresa May.

No Japão, assim como em Nova York na véspera, as ações mais afetadas foram as de tecnologia e o índice Nikkei caiu 3,72% em Tóquio hoje, a 21.268,73 pontos, atingindo o menor nível desde 29 de março.

Também pressionados por empresas de tecnologia, o Taiex recuou 2,44% em Taiwan, a 9,520.79 pontos, o menor patamar em 20 meses, e o sul-coreano Kospi cedeu 1,63% em Seul, a 2.063,30 pontos, mínima em 21 meses. Ontem à noite, dados oficiais mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul teve expansão anual de 2% no terceiro trimestre, menor do que o avanço de 2,4% previsto por analistas. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o PIB sul-coreano cresceu 0,6% entre julho e setembro, como se esperava.

Na China, por outro lado, os mercados ficaram relativamente estáveis, após registrarem variações extremas - para cima e para baixo - em pregões recentes. Ajudado por papéis financeiros, o índice Xangai Composto apagou perdas da sessão da manhã e terminou o dia com alta marginal de 0,02%, a 2.603,80 pontos. Já o menos abrangente Shenzhen Composto teve baixa moderada de 0,34%, a 1.292,80 pontos.

Fora da China continental, em Hong Kong, o Hang Seng apresentou queda de 1,01%, a 24.994,46 pontos, influenciado por ações de tecnologia e do setor financeiro.

Na Oceania, a bolsa australiana encerrou o dia no menor nível em quase uma década. Espelhando também a liquidação de ontem em Nova York, o índice S&P/ASX 200 caiu 2,83% em Sydney, a 5.664,10 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

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