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Após subir quase 1% na véspera, dólar cai e vai abaixo de R$3,90

O dólar recuou 0,40 por cento, a 3,8954 reais na venda, depois de ir a 3,9111 reais no pregão passado e ter registrado valorização por cinco meses seguidos

Dólar: mercado está sob expectativa de que o BC pode voltar a fazer intervenções extraordinárias (Hafidz Mubarak/Reuters)

Dólar: mercado está sob expectativa de que o BC pode voltar a fazer intervenções extraordinárias (Hafidz Mubarak/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de julho de 2018 às 17h03.

Última atualização em 3 de julho de 2018 às 17h05.

São Paulo - Após saltar quase 1 por cento na véspera, o dólar fechou em queda nesta terça-feira e abaixo do patamar de 3,90 reais, com a cena externa um pouco mais tranquila mas com o mercado sob a expectativa de que o Banco Central pode voltar a fazer intervenções extraordinárias.

O dólar recuou 0,40 por cento, a 3,8954 reais na venda, depois de ir a 3,9111 reais no pregão passado e ter registrado valorização por cinco meses seguidos de mais de 20 por cento.

O dólar futuro cedia cerca de 0,50 por cento no final da tarde.

"O tema da guerra comercial seguirá presente ao longo da semana", escreveu a equipe de economistas do banco Bradesco em relatório, referindo-se ao prazo de 6 de julho em que o Estados Unidos pretendem impor tarifas sobre 34 bilhões de dólares em bens da China, o que deve desencadear retaliação.

Neste pregão, os mercados globais respiraram um pouco mais aliviados após o banco central da China informar que está observando de perto as flutuações no câmbio e que buscará manter o iuan estável e a um nível razoável.

Além disso, a cena política na Alemanha ajudou a tirar pressão sobre os mercados financeiros, depois que os conservadores da chanceler alemã Angela Merkel chegaram a um acordo sobre imigração e deram algum alívio aos investidores que enfrentam uma série de preocupações políticas.

O dólar recuava cerca de 0,55 por cento sobre uma cesta de moedas e também frente a moedas de países emergentes, como o peso chileno.

Os mercados financeiros norte-americanos fecharam mais cedo neste pregão devido ao feriado pelo Dia da Independência, no dia seguinte, limitando o volume financeiro em outras praças.

Internamente, os investidores continuaram atentos à cena política, a poucos meses da eleição presidencial de outubro e ainda marcada por muitas incertezas, e às atuações do BC.

Neste pregão, a autoridade monetária apenas ofertou e vendeu integralmente o lote de até 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto.

Com isso, rolou o equivalente a 1,4 bilhão de dólares do total de 14,023 bilhões de dólares que vence no próximo mês.

Como fez nos últimos pregões, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para esta sessão, apesar de toda a recente pressão que o mercado tem colocado sobre o dólar.

(Edição de Camila Moreira e Iuri Dantas)

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