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Após subir quase 1% na véspera, dólar cai e vai abaixo de R$3,90

Às 9h52, o dólar recuava 0,35%, a 3,8974 reais na venda, depois de ir a 3,9111 reais no pregão passado

BC: o mercado tem a expectativa de que o Banco Central possa voltar a fazer intervenções extraordinárias nesta sessão (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

BC: o mercado tem a expectativa de que o Banco Central possa voltar a fazer intervenções extraordinárias nesta sessão (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de julho de 2018 às 09h12.

Última atualização em 3 de julho de 2018 às 10h31.

São Paulo - Após saltar quase 1% na véspera, o dólar recuava nesta terça-feira e já abaixo do patamar de 3,90 reais, com a cena externa um pouco mais tranquila mas com o mercado sob a expectativa de que o Banco Central possa voltar a fazer intervenções extraordinárias nesta sessão.

Às 9:52, o dólar recuava 0,35 por cento, a 3,8974 reais na venda, depois de ir a 3,9111 reais no pregão passado e ter registrado valorização por cinco meses seguidos de mais de 20 por cento.

"O tema da guerra comercial seguirá presente ao longo da semana", escreveu a equipe de economistas do banco Bradesco em relatório, referindo-se ao prazo de 6 de julho em que o Estados Unidos pretendem impor tarifas sobre 34 bilhões de dólares em bens da China, o que deve desencadear retaliação.

Neste pregão, os mercados globais respiravam um pouco mais aliviados após o banco central da China informar que está observando de perto as flutuações no câmbio e que buscará manter o iuan estável e a um nível razoável. O iuan caiu para 6,7204 por dólar, seu nível mais fraco desde 7 de agosto de 2017 e a primeira vez abaixo de 6,7 desde 9 de agosto de 2017.

Além disso, a cena política na Alemanha ajudava a tirar pressão sobre os mercados financeiros, depois que os conservadores da chanceler alemã Angela Merkel chegaram a um acordo sobre imigração e deram algum alívio aos investidores que enfrentam uma série de preocupações políticas.

O dólar recuava cerca de 0,35 por cento sobre uma cesta de moedas e também frente a moedas de países emergentes, como o peso chileno.

Internamente, os investidores continuavam atentos à cena política, a poucos meses da eleição presidencial de outubro e ainda marcada por muitas incertezas, e às atuações do BC.

A autoridade monetária fará leilão de até 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de 14,023 bilhões dedólares.

Por enquanto e como fez nos últimos pregões, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para esta sessão, apesar de toda a recente pressão que o mercado tem colocado sobre o dólar.

 

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