Invest

Após seis meses, BTG volta com Banco do Brasil (BBAS3) na carteira para setembro

Uma novidade é que o banco entrou no setor de varejo com Vivara (VIVA3), que substituiu Allos (ALOS3)

Carteira BTG: ação do Banco do Brasil (BBAS3) está entre as recomendações de setembro (Adriano Machado/Bloomberg)

Carteira BTG: ação do Banco do Brasil (BBAS3) está entre as recomendações de setembro (Adriano Machado/Bloomberg)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 5 de setembro de 2024 às 14h50.

Após seis meses de ausência, o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) retornou com Banco do Brasil (BBAS3) na carteira para setembro. A companhia substituiu Stone (STOC31), recomendada desde abril, pelo banco.

Para os analistas do BTG, a ação ainda está com um valuation muito atrativo e um novo guidance divulgado no balanço do segundo trimestre de 2024 colaborou para a visão otimista sobre o banco.

“Como esperado, tanto a margem financeira quanto as provisões para perdas de crédito foram revisadas para cima, com impacto neutro no lucro líquido”, diz relatório.

Assim, a estimativa de lucro líquido ajustado foi mantida entre R$ 37 e R$ 40 bilhões, o que seria uma alta de 8% anual (assumindo o ponto médio do guidance).

Negociando a menos de 0,9 vezes o valor patrimonial mais recente, com um ROE (retorno sobre patrimônio) ainda acima de 20% e um dividend yield de aproximadamente 11% – somado ao atual cenário de capital saudável do banco – os analistas veem razões para manter a recomendação de compra.

Allos (ALOS3) dá lugar a Vivara (VIVA3)

Outra novidade foi a entrada no setor de varejo com a posição em Vivara (VIVA3). A companhia ingressou no lugar de Allos (ALOS3), com 10% de peso.

De acordo com o relatório do BTG, Vivara apresentou uma evolução na dinâmica dos lucros no segundo trimestre de 2024, com o preço atual da ação sendo negociado a 12 vezes o lucro estimado por ação para o ano de 2025.

Entretanto, a governança corporativa continua sendo a principal preocupação com a ação. Em meados de março, a companhia enfrentou uma queda significativa, quando Nelson Kaufman, fundador e maior acionista da empresa, foi aprovado como o novo CEO após a renúncia de Paulo Kruglensky.

“Após o anúncio, surgiram muitas dúvidas sobre a governança da empresa e possíveis mudanças em sua estratégia. Embora acreditemos que alguma incerteza persista no curto prazo após os eventos recentes e a troca de gestão no cargo de CEO, e reconhecemos que isso pode afastar alguns investidores, continuamos a ver fundamentos sólidos na tese de investimento”, escreveram.

Além do valuation atrativo e do múltiplo, os analistas também destacam que veem um crescimento consistente da receita líquida, com um CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 18% em 4 anos.

Entra Marcopolo (ELET3), sai JBS (JBSS3)

Além do varejo, o BTG agora tem posição no setor de bens de capital com Marcopolo (POMO4), que substitui JBS (JBSS3).

Em relatório, os analistas destacam que permanecem otimistas em relação aos resultados. O que colabora com a tese é um melhor momento de curto prazo, impulsionado por uma recuperação na indústria de ônibus (ajudada por tarifas aéreas maiores, com clientes optando por viagens de ônibus).

A reestruturação da capacidade de produção da companhia aliado a um cenário melhor para o fornecimento de componentes também se somam para a recomendação da empresa.

Por fim, o BTG Pactual ainda destaca os resultados mais positivos das operações internacionais e volumes maiores do programa Caminho da Escola.

“Além disso, a POMO4 está cada vez mais bem posicionada para novas oportunidades, como aprimorar o posicionamento B2B da empresa, acelerar a transformação tecnológica, melhorar a eficiência produtiva e se beneficiar do crescente mercado de ônibus elétricos”, escreveram os analistas.

Por conta disso, veem a companhia negociando a um valuation atrativo, com o preço atual da ação sendo negociado a 5 vezes o lucro estimado por ação para o ano de 2025.

Simulador de Investimentos da EXAME

A EXAME Invest lançou um simulador de investimentos a fim de auxiliar quem deseja iniciar sua jornada no mundo dos investimentos. Por meio de uma série de perguntas, como qual o valor mensal que o investidor pode alocar e se o objetivo dele é de curto, médio ou longo prazo, a ferramenta calcula quanto o investidor pode ter de rendimento no futuro.

O simulador também sugere uma carteira recomendada que mostra a divisão ideal do investimento por tipos de produto, como renda fixa ou variável, de acordo com as respostas anteriores do investidor. Além disso, a ferramenta também mostra quanto renderia em um cenário otimista, pessimista e esperado.

Acompanhe tudo sobre:BB – Banco do BrasilVivaraMarcopoloBTG PactualCarteira recomendada

Mais de Invest

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump

Vale a pena investir em arte? Entenda como funciona o mercado

Ibovespa fecha em queda de 1,61% pressionado por tensões políticas