B3: Ibovespa abriu em alta nesta terça-feira, 12 (Cris Faga/Getty Images)
Reuters
Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 10h12.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 11h40.
São Paulo - O Ibovespa abriu em alta nesta terça-feira, 12, refletindo notícias animadoras no exterior e ainda a expectativa de avanço da reforma da Previdência, em meio a informações de que o presidente Jair Bolsonaro, internado desde o dia 27 de janeiro, deixe o hospital na quarta-feira, 13. Com isso, a tão esperada proposta pode ser apresentada pela equipe econômica ao governo na quarta-feira, podendo ser enviada à Câmara dos Deputados na terça que vem, 19.
Pouco antes do fechamento deste texto, o senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) afirmou que há perspectivas positivas em relação à aprovação da reforma. Conforme ele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não há um texto final da reforma, e que quem define é o presidente.
"Mas temos de esperar para ver o que virá, e se virá algo", pondera um operador. Conforme ele, por ora, o mercado internacional é que tem um pouco mais de condições de dar o tom aos negócios na bolsa brasileira. "Se avaliarmos o externo, o Ibovespa tende a avançar", afirma.
De acordo com o operador, o quadro para a Bolsa parece promissor, porém, o vencimento de opções sobre Ibovespa, amanhã, pode limitar eventuais ganhos. "Mas o aumento nas cotações de petróleo lá fora empurram as ações da Petrobras", pondera.
Na segunda-feira, quando o Ibovespa caiu 0,98%, aos 94.412,91 pontos, o papel PN da estatal cedeu 1,15%, enquanto Vale ON perdeu 2,64%. Entretanto, às 10h55, o Ibovespa subia 1,27%, aos 95.616,06 pontos. Petrobras PN tinha elevação de 2,94% e ON, de 3,70%. Já as ações da mineradora avançavam 2,00%.
A redução da aversão ao risco no exterior reflete informações de que o governo norte-americano poderá evitar uma segunda paralisação, após democratas e republicanos chegarem a um acordo prévio para o orçamento. Isso favorece abertura em alta das bolsas em Nova York.
O acordo prevê US$ 1,375 bilhão para a construção de barreiras feitas de ripas de aço em um trecho de 88 quilômetros da fronteira dos EUA com o México. O valor acordado ficou aquém ds US$ 5,7 bilhões que o presidente Donald Trump exige para a obra.
Da mesma forma que a estimativa de alta em Nova York, o mercado acionário europeu avança, ainda repercutindo a expectativa de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China, reiniciadas esta semana. Os dois países têm até o dia 1º de março para tentar um acordo, antes que, no dia seguinte, Washington eleve tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em produtos chineses.
Conforme Josian Teixeira, diretor da Lifetime Asset, uma mistura de fatores tendem a beneficiar o Ibovespa hoje. "Os mercados lá fora, com otimismo em relação ao avanço das negociações comerciais EUA e China, além da notícia de que legisladores dos EUA chegaram a um acordo preliminar sobre o financiamento da segurança nas fronteiras. E, por aqui, a possibilidade de alta do presidente Bolsonaro pode ajudar a acelerar a finalização do texto da proposta de reforma da Previdência", descreve.