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Após queda de 80% em vendas, Chrysler planeja renascimento com SUVs e sedãs

Com apenas dois modelos no portfólio, empresa aposta em novos lançamentos e investimentos da Stellantis para garantir seu futuro

A Chrysler, controlada pela Stellantis, aposta em novos lançamentos para recuperar relevância no mercado (./Divulgação)

A Chrysler, controlada pela Stellantis, aposta em novos lançamentos para recuperar relevância no mercado (./Divulgação)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 10h05.

A Chrysler, empresa que já foi um símbolo da indústria automobilística americana, enfrenta um declínio acentuado. Desde 2005, as vendas caíram cerca de 80%, passando de quase 600 mil unidades para menos de 125 mil em 2024. Atualmente, a marca opera com apenas dois modelos de minivan, o Voyager e o Pacifica, versões de um mesmo veículo. As informações são da CNBC.

A falta de investimentos na marca tem sido apontada como um dos principais fatores para sua queda, conforme destacou Ed Kim, presidente da AutoPacific. Em 2024, a Stellantis, controladora da Chrysler, considerou encerrar marcas pouco lucrativas, o que preocupou fãs e descendentes do fundador, Walter P. Chrysler.

Uma tentativa de resgate

Frank Rhodes Jr., descendente de Walter P. Chrysler, sugeriu a formação de um grupo de investidores para comprar as marcas Chrysler e Dodge da Stellantis. No entanto, a proposta não foi aceita, e a Stellantis reafirmou seu compromisso com o futuro da Chrysler.

Christine Feuell, CEO da marca Chrysler, assegurou que a empresa está recebendo investimentos significativos e planeja expandir seu portfólio. “O futuro da marca está garantido, e novos produtos estão a caminho,” afirmou.

Novos lançamentos para 2026

A Chrysler planeja lançar uma versão renovada do Pacifica em 2026, com um design atualizado e novas opções de motorização. Além disso, a marca está desenvolvendo um SUV de grande porte e um sedã ou cupê inspirado no conceito Halcyon, apresentado em 2024.

Esses lançamentos são cruciais para reposicionar a Chrysler como uma marca relevante e competitiva, segundo analistas. “A diversificação do portfólio é essencial para reconquistar consumidores e consolidar sua presença no mercado,” disse Ed Kim.

Patrimônio americano

A Chrysler, fundada em 1925, ocupa um lugar especial na história americana. Para fãs da marca, como Rhodes, a sobrevivência da empresa é uma questão de orgulho nacional. “Salvar a Chrysler é preservar uma parte importante de nossa herança americana,” afirmou.

Com novos modelos no horizonte e o apoio da Stellantis, a Chrysler busca virar a página de décadas de declínio e voltar ao protagonismo na indústria automotiva.

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