Oficiais do Tesouro reuniram-se com os 20 'primary dealers' que participam das negociações da dívida (AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2011 às 17h37.
São Paulo - Assim como na manhã, a volatilidade deu o tom dos negócios no mercado de câmbio e a moeda norte-americana, após quatro dias seguidos de alta, encerrou hoje em ligeira baixa de 0,05%, a R$ 1,889. Logo no início da manhã, a notícia do adiamento da decisão sobre a liberação da próxima parcela do pacote de socorro da Grécia e novos temores sobre a saúde financeira de bancos europeus acentuaram ainda mais os temores com a crise na região.
A pressão no dólar balcão só não foi maior porque o Banco Central anunciou ontem, após o fechamento do pregão, a realização para hoje de um terceiro leilão de swap cambial. Também contribuiu para que o dólar não perdesse tanto valor ante seus pares a fala do presidente do Fed, Ben Bernanke, garantindo aos congressistas norte-americanos que continua pronto para adotar medidas de incentivo à economia, se achar necessário.
Na mínima, o dólar balcão atingiu R$ 1,875 e, na máxima R$ 1,902. Na BM&F, o dólar pronto fechou em alta de 0,37%, a R$ 1,893. Na máxima, a moeda na BM&F atingiu R$ 1,898 e, na mínima, R$ 1,879. Para o operador de uma corretora paulista, não foi bem o leilão de swap que impediu uma apreciação forte da moeda norte-americana e, sim, o fato de não ter havido hoje nenhuma nova má notícia muito relevante, como o anúncio do default da Grécia ou mesmo a quebra de um banco.
Lá fora, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou ontem que a reunião extraordinária, prevista para o dia 13 de outubro, para decidir sobre a liberação da próxima tranche para a Grécia foi cancelada. Uma fonte na União Europeia (UE) disse que agora a decisão provavelmente será tomada em 17 de outubro, em uma reunião de líderes da UE.
No meio da tarde, o ministro de Finanças da Itália, Giulio Tremonti, pediu que as autoridades europeias reforcem o fundo de resgate europeu além da versão ampliada aprovada pela cúpula da União Europeia em 21 de julho - que ainda está em votação pelos Parlamentos dos 17 membros da zona do euro. Segundo Tremonti, essa nova formatação não atende às expectativas.