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Após comunicado do Fed, bolsas de NY fecham em queda

Índice Dow Jones perdeu 61,59 pontos (0,39%), fechando aos 15.618,76 pontos, enquanto S&P 500 teve queda de 0,49%, encerrando aos 1.763,31 pontos


	A Nasdaq, em Nova York: índice recuou 21,72 pontos (0,55%), terminando a 3.930,62 pontos
 (Daniel Barry/Getty Images)

A Nasdaq, em Nova York: índice recuou 21,72 pontos (0,55%), terminando a 3.930,62 pontos (Daniel Barry/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 18h08.

Nova York - As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quarta-feira, 30, após uma sessão volátil. O comunicado do Federal Reserve não apresentou grandes mudanças, mas adotou um tom mais otimista que o esperado, sinalizando que a redução de estímulos pode não demorar muito. No início da sessão, o Dow Jones e o S&P 500 atingiram máximas recordes intraday.

O índice Dow Jones perdeu 61,59 pontos (0,39%), fechando aos 15.618,76 pontos. O S&P 500 teve queda de 8,64 pontos (0,49%), encerrando a sessão aos 1.763,31 pontos. O Nasdaq recuou 21,72 pontos (0,55%), terminando a 3.930,62 pontos.

O Fed manteve sua avaliação de que a economia dos EUA está crescendo em ritmo "moderado" e eliminou a referência ao aperto nas condições financeiras. Muitos analistas acreditavam que o Fed mudaria sua avaliação da economia após os recentes problemas fiscais do país, talvez voltando a chamar o crescimento de "modesto", como na reunião de julho. Surpreendentemente a menção à política fiscal não mudou muito, mesmo após a paralisação de 16 dias do governo americano. Para o Fed, a política fiscal continua "restringindo o crescimento".

"O Fed não pareceu ver a paralisação do governo e os problemas fiscais como uma grande preocupação para a economia", disse Jason Evans, da NineAlpha Capital. "Se o Fed estiver certo sobre a força da economia, a redução de estímulos pode começar muito antes do que as pessoas esperam. A redução na reunião de dezembro não está descartada."

Grandes bancos como o Goldman Sachs e o Morgan Stanley argumentam que o Fed pode iniciar a redução de estímulos somente em abril de 2014.

Essa expectativa foi sustentada pela divulgação de dois importantes indicadores dos EUA. O Automatic Data Processing/Macroeconomic Advisers (ADP/MA) informou que o setor privado dos EUA criou 130 mil empregos em outubro, ficando bem abaixo do esperado pelos economistas, o que pode sugerir que a economia ainda não está forte o suficiente para se manter sem os estímulos do Fed. Os dados do ADP costumam ser usados como uma prévia do payroll, o relatório mensal do Departamento de Trabalho.

Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em setembro e ficou em linha com o previsto pelos economistas. Em 12 meses, acumula aumento de 1,2%, abaixo da meta do Fed. Sem pressão para a alta de preços, os economistas avaliam que há espaço para a manutenção da política monetária, de injeção de US$ 85 bilhões por mês no mercado.

No noticiário corporativo, General Motors e a Chrysler anunciaram seus números, que vieram melhores que o esperado, refletindo a recuperação do mercado automobilístico dos EUA, que tem batido recordes de vendas. A GM revelou queda de 6% no lucro, no terceiro trimestre, mas o ganho superou as estimativas dos analistas do setor. A Chrysler teve lucro de US$ 464 milhões, expansão de 22% ante o mesmo período do ano passado. As ações da GM fecharam em alta de 3,24%.

Após o fechamento do pregão, o Facebook anunciou que saiu de prejuízo para lucro de US$ 425 milhões no terceiro trimestre. No after-hours em Nova York as ações da empresa subiam 11,94%.

Na Europa, a maioria das bolsas fechou em queda com a cautela dos investidores antes do comunicado do Fed. A Bolsa de Frankfurt caiu 0,13% e Milão recuou 0,47%, enquanto Londres subiu 0,04%.

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