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Após abrir em alta, dólar perde força com fluxo cambial positivo

Investidores locais seguem em dúvidas sobre a reforma da Previdência neste ano, em meio as negociações para a reforma tributária nos Estados Unidos

Dólar: às 10 horas, a moeda americana à vista subia 0,08%, aos R$ 3,2237, ante máxima aos R$ 3,2327 (+0,37%) (Dado Ruvic/Reuters)

Dólar: às 10 horas, a moeda americana à vista subia 0,08%, aos R$ 3,2237, ante máxima aos R$ 3,2327 (+0,37%) (Dado Ruvic/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 11h23.

São Paulo - Após iniciar o dia em linha com a alta registrada no exterior, o dólar à vista perdeu força ante o real no mercado à vista na manhã desta terça-feira, 28, enquanto o dólar futuro já passou a cair em meio ao fluxo positivo.

"O exportador e o investidor estrangeiro aproveitaram para fechar seus negócios perto da casa dos R$ 3,23 registrados mais cedo", segundo o diretor da Correparti Jefferson Rugik.

Mais cedo, após acumular perdas de 2,69% em sete das últimas oito sessões, investidores ajustaram posições e o dólar subiu.

Os investidores locais seguem em dúvidas sobre a reforma da Previdência neste ano, em meio a expectativas pelas negociações nesta terça para a reforma tributária nos Estados Unidos e antes da sabatina no Senado americano do diretor do Fed Jerome Powell, indicado à presidência da instituição.

O governador paulista Geraldo Alckmin é contraponto hoje para o mercado ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Maia voltou a contrariar o governo nessa segunda-feira em declarações titubeantes sobre a votação da reforma da Previdência em dois turnos na Câmara neste ano.

Além disso, ele não pautou medidas de interesse da equipe econômica para votação em plenário nesta semana, como a MP que cria o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) dos servidores federais, enviada no fim de julho, mas que caduca nesta terça; e a que adia o reajuste de servidores públicos de 2018 para 2019 e aumenta a contribuição previdenciária do funcionalismo, também está parada na Câmara.

Também não foi votada a medida que prevê renegociação de dívidas de produtores rurais com o Funrural, que caduca nesta terça-feira.

Já Alckmin, que é cotado à presidência da República pelo PSDB, defende a privatizações da maioria das estatais se eleito.

Na visão de alguns agentes do mercado, ele pode unificar o partido, o que aumentaria a chance de aprovação da reforma da Previdência, em possível votação na semana que vem.

Às 10 horas, o dólar à vista subia 0,08%, aos R$ 3,2237, ante máxima aos R$ 3,2327 (+0,37%) e mínima aos R$ 3,2217 (+0,03%).

O dólar futuro de dezembro recuava 0,17%, aos R$ 3,2235, após tocar em mínima aos R$ 3,2220 (-0,22%). Na máxima, após a abertura, subiu até R$ 3,2340 (+0,15%).

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