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Apesar de prejuízo, ação da Embraer sobe com expectativas

Analistas citavam perspectivas melhores para os três últimos meses do ano e um real mais desvalorizado como elementos favoráveis para a empresa


	Embraer: papéis da Embraer chegaram a exibir queda superior a 3 por cento no início do pregão, mas reverteram a direção
 (Divulgação/Embraer)

Embraer: papéis da Embraer chegaram a exibir queda superior a 3 por cento no início do pregão, mas reverteram a direção (Divulgação/Embraer)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 12h49.

São Paulo - As ações da Embraer subiam nesta quinta-feira, apesar de a fabricante de aeronaves ter tido prejuízo no terceiro trimestre, com analistas citando perspectivas melhores para os três últimos meses do ano e um real mais desvalorizado como elementos favoráveis para a empresa.

Os papéis da Embraer chegaram a exibir queda superior a 3 por cento no início do pregão, mas reverteram a direção e operavam em alta de 0,6 por cento às 13h23. No mesmo instante, o Ibovespa perdia 1,86 por cento.

De julho a setembro, o prejuízo líquido atribuído aos acionistas foi de 24,3 milhões de reais, ante lucro líquido de 118,7 milhões de reais em igual etapa de 2013. O resultado refletiu menor resultado operacional, com menos entregas de jatos executivos, e maiores despesas com impostos.

Mesmo diante dos números fracos, analistas do BTG Pactual mantiveram recomendação de compra para a ação, afirmando que seu foco agora se volta para o período de outubro a dezembro.

"Apesar dos resultados fracos, acreditamos que o quarto trimestre deve ter forte recuperação (similar à do ano passado), uma vez que a Embraer manteve sua meta de margem operacional de 2014 em de 9 a 9,5 por cento, o que implica margem Ebit (lucro antes de juros e impostos) de 11 a 12 por cento", escreveram os analistas Renato Mimica, Samuel Alves e João Salgado.

Eles citaram ainda a exposição a vendas diferenciadas, a melhora do mercado de aviação executiva e a fraqueza do real como fatores favoráveis para a empresa.

Em teleconferência nesta quinta-feira, o presidente da Embraer, Frederico Curado, disse que a receita da aviação executiva deve ficar na faixa inferior da meta para 2014, mas que isso deve ser compensado pela forte receita de contratos de defesa.

Para 2015, o executivo disse que a Embraer deve manter a meta de receita para a área de defesa, mas que as vendas de jatos executivos podem melhorar conforme a demanda mais forte nos Estados Unidos e na Europa compensa a fragilidade nos mercados brasileiro e chinês.

Curado acrescentou que a Embraer tem discutido possíveis vendas de E-Jets com as companhias aéreas Azul, TAM e Gol, em função do novo plano de aviação regional do governo federal.

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