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Apesar de BC, dólar encerra a R$ 2,436 puxado por Fed

Moeda à vista chegou a superar R$ 2,45 em reação à ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve


	Dólar: moeda tem maior cotação de fechamento desde 2 de março de 2009, quando atingiu R$ 2,443
 (Getty Images)

Dólar: moeda tem maior cotação de fechamento desde 2 de março de 2009, quando atingiu R$ 2,443 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 17h35.

São Paulo - Numa tarde nervosa no mercado financeiro, o dólar à vista chegou a superar R$ 2,45 em reação à ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O documento, sem fixar quando começa a redução de estímulos à economia dos EUA, diz que devem terminar em meados de 2014 "se a economia melhorar, como se espera".

Na prática, serão menos dólares no mercado global e uma economia norte-americana mais atraente ao capital estrangeiro. A pressão de alta do dólar foi tanta que o Banco Central (BC) fez um leilão de swap cambial na reta final dos negócios. A operação resultou em ligeira desaceleração e o dólar finalizou em alta de 1,75%, cotado a R$ 2,436 nesta quarta-feira, 21.

É a maior cotação de fechamento desde 2 de março de 2009, quando atingiu R$ 2,443. Na máxima, às 16h02, a moeda dos EUA alcançou R$ 2,451 (+2,38%). Pouco depois disso, o BC convocou o leilão de até 40 mil contratos de swap cambial, transação equivalente à venda de dólares no mercado futuro. Na operação, o BC vendeu 35,6 mil contratos (US$ 1,774 bilhões).

Na sequência, o BC voltou à carga e anunciou leilão de linha (venda de moeda com compromisso de recompra) para quinta-feira, 22, em dois momentos: das 11h15 às 11h20 e das 11h30 às 11h35. O montante total oferecido é de US$ 4 bilhões.

"Boa parte da alta do dólar nos últimos três meses foi para antecipar este processo de retirada de estímulos pelo Fed. Mas agora que a questão está se definindo, vão surgindo novas pressões de alta", comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.

Na ata, o Fed informou que "uns poucos" participantes da reunião se mostraram favoráveis a começar a redução de estímulos logo e "uns poucos" pediram mais cautela. Os participantes também disseram acreditar que o crescimento vai acelerar "bastante" neste segundo trimestre e se fortalecer ainda mais em 2014. O documento cita ainda um final para a estratégia das compras de bônus, mas sem especificar um começo para isso. A ata menciona apenas que se encerrariam em meados de 2014.

Estas idas e vindas presentes do texto do Fed, que já acirram a volatilidade há meses, fizeram o dólar subir ante as moedas de países com elevada correlação com commodities, como o real. "Durante a manhã de hoje, o mercado já havia se posicionado na compra (de dólares). E a ata acabou intensificando isso", comentou Waldir Kiel, economista da corretora H. Commcor.

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