Invest

Antes de pane, ação da Cloudflare tinha caído 20%: premonição do mercado?

Antes da falha de hoje, a empresa já vinha enfrentando um período de turbulência na bolsa

Mitchel Diniz
Mitchel Diniz

Editor de Invest

Publicado em 18 de novembro de 2025 às 11h05.

Última atualização em 18 de novembro de 2025 às 11h57.

A Cloudflare, protagonista da pane que derrubou redes sociais e ferramentas de inteligência artificial nesta terça-feira, 18, tem ações listadas na bolsa de Nova York. Os papéis caíam mais de 3% no pré-mercado de Wall Street, onde as negociações começam às 11h30, no horário de Brasília.

Mas antes da falha de hoje, a empresa já vinha enfrentando um período de turbulência na bolsa. Até o fechamento de ontem, a ação acumulava queda de mais de 20% no mês de novembro.

O papel tem um histórico recente de volatilidade. Entre fevereiro e abril, sofreu uma queda de quase 45%, chegando a mínima do ano, de US$ 97. Hoje, o papel oscila próximo do patamar de US$ 200, acumulando alta de 80% no ano, mesmo com a queda de novembro.

Interrupções como da Cloudflare podem custar US$ 9 mil por minuto para empresas

Os últimos resultados financeiros foram até bem recebidos pelo mercado. No trimestre encerrado em setembro, a Cloudflare conseguiu aumento de 31% nas receitas, para US$ 562 milhões, e lucro por ação 35% maior — os dois números bateram as expectativas dos analistas.

Os papéis subiram mais de 10% após a divulgação, mas os ganhos não resistiram à derrocada de novembro.

Em avaliações sobre os últimos números da companhia, analistas fizeram ressalvas em relação às margens pressionadas da companhia e explicaram que esse é um reflexo da concorrência do segmento. A Cloudflare concorre com ninguém menos que a AWS, o serviço de nuvem da Amazon.

Ainda assim, o papel, de maneira geral, é bem visto pelo mercado. De acordo com um compilado da Barron's, 17 analistas têm recomendação de compra para o papel e 12 tem recomendação neutra. Dois recomendam venda.

Análise de Brent Thill, da Jefferies, após a divulgação no balanço da Cloudfare no final do mês passado, aponta para múltiplos no máximo, o mais caro na cobertura da casa. Por essa razão, a Jefferies reduziu o preço alvo do papel, de US$ 170 para US$ 150.

 

Acompanhe tudo sobre:Computação em nuvemMercados

Mais de Invest

Ibovespa hoje: acompanhe o movimento da bolsa e dólar nesta terça-feira, 18

Morgan Stanley vê Ibovespa aos 200 mil pontos no ano que vem

De R$ 10 a R$ 20: iFood fecha parceria com Nubank para fazer consumidor economizar ao máximo

Ações da dona do ‘Baby Shark’ disparam mais de 60% após IPO na Coreia