Editor de Invest
Publicado em 18 de novembro de 2025 às 11h05.
Última atualização em 18 de novembro de 2025 às 11h57.
A Cloudflare, protagonista da pane que derrubou redes sociais e ferramentas de inteligência artificial nesta terça-feira, 18, tem ações listadas na bolsa de Nova York. Os papéis caíam mais de 3% no pré-mercado de Wall Street, onde as negociações começam às 11h30, no horário de Brasília.
Mas antes da falha de hoje, a empresa já vinha enfrentando um período de turbulência na bolsa. Até o fechamento de ontem, a ação acumulava queda de mais de 20% no mês de novembro.
O papel tem um histórico recente de volatilidade. Entre fevereiro e abril, sofreu uma queda de quase 45%, chegando a mínima do ano, de US$ 97. Hoje, o papel oscila próximo do patamar de US$ 200, acumulando alta de 80% no ano, mesmo com a queda de novembro.
Interrupções como da Cloudflare podem custar US$ 9 mil por minuto para empresasOs últimos resultados financeiros foram até bem recebidos pelo mercado. No trimestre encerrado em setembro, a Cloudflare conseguiu aumento de 31% nas receitas, para US$ 562 milhões, e lucro por ação 35% maior — os dois números bateram as expectativas dos analistas.
Os papéis subiram mais de 10% após a divulgação, mas os ganhos não resistiram à derrocada de novembro.
Em avaliações sobre os últimos números da companhia, analistas fizeram ressalvas em relação às margens pressionadas da companhia e explicaram que esse é um reflexo da concorrência do segmento. A Cloudflare concorre com ninguém menos que a AWS, o serviço de nuvem da Amazon.
Ainda assim, o papel, de maneira geral, é bem visto pelo mercado. De acordo com um compilado da Barron's, 17 analistas têm recomendação de compra para o papel e 12 tem recomendação neutra. Dois recomendam venda.
Análise de Brent Thill, da Jefferies, após a divulgação no balanço da Cloudfare no final do mês passado, aponta para múltiplos no máximo, o mais caro na cobertura da casa. Por essa razão, a Jefferies reduziu o preço alvo do papel, de US$ 170 para US$ 150.