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Anbima quer debêntures de infraestrutura de todos os setores

"Queremos ampliar os setores para todos que façam investimentos no crescimento e aumento da produtividade da empresa", destacou presidente da entidade


	Infraestrutura: debêntures incentivadas começaram para esse setor, mas no ano passado foram ampliadas
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Infraestrutura: debêntures incentivadas começaram para esse setor, mas no ano passado foram ampliadas (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 14h51.

São Paulo - A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) está trabalhando no sentido de estender o direito de emissões de debêntures de infraestrutura, que têm benefício fiscal para investidores, a todos os segmentos da economia, segundo a presidente da entidade, Denise Pavarina.

"Queremos ampliar os setores para todos que façam investimentos no crescimento e aumento da produtividade da empresa", destacou ela.

"Estamos trabalhando para isso", afirmou Denise, em encontro com a imprensa nesta segunda-feira, 02.

Segundo a presidente da Anbima, a ampliação, caso fosse aprovada neste ano, ocorreria em boa hora, uma vez que, diante dos desdobramentos da Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção e cartel em obras da Petrobras, o setor de infraestrutura pode ter um ritmo ainda mais tímido de investimentos.

Além disso, a economia passa por ajustes e tem deixado empresas em compasso de espera.

As debêntures incentivadas começaram para o setor de infraestrutura, mas no ano passado foram ampliadas para outros setores, como saneamento.

Outra sugestão da associação ao governo é que as concessões já saiam com o projeto pré-aprovado, para não precisar passar mais uma vez por aprovação.

Segundo Pavarina, também é necessário que a aprovação dos fundos de debêntures de infraestrutura junto ao regulador seja padronizada e não mais caso a caso, como é atualmente.

Isso porque esse formato já é usado para o investimento nas debêntures, já que os investidores podem comprar tais papéis de maneira direta. Na prática, seria uma ampliação da análise padronizada também para os fundos.

"A preocupação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é compreensível no sentido de garantir que os investidores do varejo saibam o que estão comprando, mas é nesta hora que entra a suitability (oferta de produto adequada ao perfil do investidor)", disse Denise, lembrando que o investimento via fundos é mais diversificado que a compra direta dos papéis.

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