Mercados

Analistas indicam nova ação para os “órfãos dos dividendos”

Taesa tem concessões protegidas da inflação e pode pagar lucros altos por vinte anos


	Os papéis apresentam uma alta de 13% desde a estreia na bolsa em julho
 (SXC.hu)

Os papéis apresentam uma alta de 13% desde a estreia na bolsa em julho (SXC.hu)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 10h32.

São Paulo – Os investidores focados em dividendos que ultimamente andam decepcionados com o setor de energia elétrica por conta das revisões tarifárias e mudanças nas perspectivas das queridinhas de sempre, como a AES Tietê (GETI3; GETI4) e a Cteep (TRPL3; TRPL4), agora têm mais uma opção que promete entregar bons proventos por algum tempo.

A nova opção da turma é a transmissora de energia Transmissora Aliança de Energia Elétrica (TAEE11), empresa que é uma subsidiária da mineira Cemig (CMIG3; CMIG4). Antiga Terna Participações, a Taesa opera 13 concessões cedidas pela agência reguladora Aneel por um período de 30 anos e 6.250 linhas de transmissão, 47 subestações e um centro de controle.

“Com receitas de R$ 1,8 bilhão ao ano e concessões que só começam a expirar em 2030, a empresa tem uma exposição mínima aos complicados eventos regulatórios como as revisões de taxas e de concessões”, destacam em relatório os analistas do BTG Pactual, Antonio Junqueira e João Pimentel.

Duas décadas

O banco iniciou a cobertura da empresa na bolsa com uma recomendação neutra e um preço-alvo de 76 reais por unit. Mas a maior esperança com os papéis está voltada para a distribuição dos lucros aos acionistas.

Segundo Junqueira e Pimentel, é razoável esperar que a empresa pague aproximadamente em média um dividendo de 8,5% do preço de suas ações por vinte anos (dividend yield). Eles ressaltam que a Taesa pode distribua aproximadamente 88% dos lucros aos acionistas (payout) em 2012 e 2013 e aumente o percentual para 95% a partir de 2014.


“De certa forma, as maiores opções em pagamentos de dividendos pareciam estar entrando em extinção. Mas agora chega uma nova alternativa com o potencial para ganhar tal foco e com uma grande coleção de ativos e história para tal”, ressalta o BTG.

O Bank of America Merrill Lynch também iniciou a cobertura das ações nesta semana. Com a recomendação de compra e um preço-alvo de 78 reais, os analistas Felipe Leal e Diego Moreno afirmam que a Taesa é a mais atraente em dividendos entre as empresas de serviços públicos na América Latina.

IPO

A empresa levantou 1,755 bilhão de reais na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em uma operação realizada em julho deste ano com cada papel vendido a 65 reais.

O preço ficou dentro da faixa estimada no prospecto da operação, de 60 a 70 reais por unit. A oferta foi coordenada por BTG Pactual, Bank of America Merrill Lynch, Goldman Sachs, Santander e Banco do Brasil. Os papéis apresentam uma alta de 13% desde a estreia na bolsa.

Acompanhe tudo sobre:Análises fundamentalistasB3bancos-de-investimentobolsas-de-valoresBTG PactualDividendosEmpresasEmpresas abertasEnergia elétricaHoldingsMercado financeiroMerrill Lynch CorretoraTaesa

Mais de Mercados

Mercado intensifica aposta em alta de 50 pontos-base na próxima reunião do Copom

Ação da Agrogalaxy desaba 25% após pedido de RJ e vale menos de um real

Ibovespa fecha em queda, apesar de rali pós-Fed no exterior; Nasdaq sobe mais de 2%

Reação ao Fomc e Copom, decisão de juros na Inglaterra e arrecadação federal: o que move o mercado