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Americanas volta a desabar após pedir recuperação judicial; queda beira 90% desde o início da crise

Empresa informou ter R$ 800 milhões em caixa, menos da metade de toda a despesa operacional informada em balanço do 3º trimestre

Loja da Americanas: ações desabam quase 90% desde semana passada (Leandro Fonseca/Exame)

Loja da Americanas: ações desabam quase 90% desde semana passada (Leandro Fonseca/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 19 de janeiro de 2023 às 12h17.

Última atualização em 19 de janeiro de 2023 às 14h38.

As ações da Americanas (AMER3) voltaram a liderar as perdas da B3 no pregão desta quinta-feira, 19, chegando a cair mais de 20% na mínima do dia. A forte desvalorização ocorre após a companhia ter entrado com pedido de recuperação judicial. De acordo com a petição enviada à Justiça, a empresa tem R$ 43 bilhões em dívida, sendo pelo menos 16.300 credores.

Ainda pela manhã, a companhia havia informado em fato relevante que poderia realizar o pedido "nos próximos dias ou potencialmente nas próximas horas".

A Americanas ainda informou que possui R$ 800 milhões em caixa, "sendo que  sendo que parcela significativa deste valor estava injustificadamente indisponível para movimentação pela companhia na data de ontem". O montante é menos da metade de toda a despesa operacional informada pela companhia em balanço do terceiro trimestre.

O pedido de recuperação judicial, segundo a companhia, se justificaria devido à posição em caixa e à decisão da 15ª Câmara Cível do TJ-RJ que permitiu o bloqueio do valor de cerca de R$ 1,2 bilhão em conta do Banco BTG (do mesmo controlador da ExamE) até a apreciação do mandado de segurança.

Desde quinta-feira passada, 13, data das primeiras reações às "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões em seus balanços, as ações da Americanas já caíram cerca de 88%.

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