Loja da Americanas: Empresa encontrou inconsistências contabeis de R$ 20 bi (Americanas S.A./Divulgação)
Guilherme Guilherme
Publicado em 12 de janeiro de 2023 às 09h47.
Última atualização em 12 de janeiro de 2023 às 09h48.
Analistas do Itaú colocaram o preço-alvo das ações da Americanas (AMER3) sob revisão após a empresa ter detectado "inconsistências" contábeis de R$ 20 bilhões.
Segundo fato relevante divulgado na noite de quarta-feira pela companhia, foi identificada "existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima [R$ 20 bilhões], nas quais a Companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras" do terceiro trimestre de 2022.
O CEO, Sérgio Rial, e o CFO, André Covre, que haviam assumido os cargos no início do ano, deixaram a empresa, após o rombo bilionário encontrado na Americanas.
Além dos efeitos da inconsistências contábeis no negócio, analistas do Itaú avaliam que a ação da Americanas deva sofrer ainda mais com a saída dos executivos. Os papéis vinham de 42% de alta no período de um mês em meio à expectativa de que a nova direção colocasse a empresa de volta aos trilhos da competitividade.
"Esperamos que a ação sofra significativamente durante o pregão, uma vez que acreditamos que seu desempenho recente foi impulsionado principalmente pelas expectativas do mercado em relação às entregas de Sergio Rial no médio e longo prazo", disseram os analistas em relatório.
Diante das notícias, os analistas colocoram a cobertura do ativo sob revisão, a fim de "entender melhor" os eventos apresentados. O preço-alvo anterior do Itaú para a ação era de R$ 15.