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American Airlines deixará de cotar na Bolsa de Nova York em janeiro

A exclusão da empresa do NYSE deve ainda receber o sinal verde da Comissão da Bolsa de Valores dos EUA

Ações da matriz da terceira maior companhia aérea dos EUA não alcançam os padrões mínimos estabelecidos pelo NYSE para as companhias no pregão nova-iorquino (Bruce Bennett/AFP)

Ações da matriz da terceira maior companhia aérea dos EUA não alcançam os padrões mínimos estabelecidos pelo NYSE para as companhias no pregão nova-iorquino (Bruce Bennett/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2011 às 20h41.

Nova York - A Bolsa de Nova York (NYSE) anunciou nesta quinta-feira que as ações comuns da AMR, a matriz da recentemente declarada em moratória American Airlines, assim como os outros valores ligados à companhia aérea, deixarão de cotar nesse mercado a partir do próximo dia 5 de janeiro.

'O regulador da bolsa determinou que a companhia já não está apta para ser incluída em nosso catálogo de valores', afirmou hoje o NYSE em comunicado, no qual detalhou que os títulos afetados por essa decisão serão os que são cotados agora sob as siglas 'AMR', 'AAR' e 'AMR16'.

As ações da matriz da terceira maior companhia aérea dos Estados Unidos não alcançam os padrões mínimos estabelecidos pelo NYSE para as companhias que cotam no pregão nova-iorquino, já que a média do preço de fechamento de seus títulos foi inferior ao dólar durante o último mês.

'A AMR não se opõe à suspensão e retirada de seus valores' do NYSE, afirmou em comunicado a companhia, que declarou que espera que seus títulos comecem a cotar no mesmo dia 5 de janeiro nos mercados secundários.

Enquanto isso, o regulador do NYSE advertiu 'da incerteza pelos efeitos e pelo momento no qual se realizou o processo de moratória, assim como o efeito final que terá sobre os acionistas da companhia'.

A exclusão da American Airlines do NYSE deve ainda receber o sinal verde da Comissão da Bolsa de Valores dos EUA (SEC, na sigla em inglês), detalhou o organismo regulador do pregão nova-iorquino.

A companhia aérea, que já foi a maior dos EUA e está relegada agora ao terceiro posto do setor, recorreu à moratória no último dia 29 de novembro para reestruturar sua avultada dívida, reduzir seus custos e tentar voltar a ser competitiva.

Segundo os documentos apresentados, a dívida da AMR aumentou até os US$ 29,5 nilhões, enquanto seus ativos se reduziram aos US$ 24,7 bilhões.

As ações de AMR fecharam hoje na Bolsa de Nova York com uma queda de 5,17%, enquanto nas operações eletrônicas posteriores ao fechamento desabavam 34,35%. Desde janeiro perderam quase todo seu valor na bolsa (93,38%).

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