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América Latina volta a ter preferência nos fundos para mercados emergentes

Retomada de investimentos é reflexo da menor preocupação com os mercados emergentes, avalia Santander

Em março, investidores institucionais foram responsáveis pela aquisição de 657 milhões de dólares em ativos na bolsa (EXAME)

Em março, investidores institucionais foram responsáveis pela aquisição de 657 milhões de dólares em ativos na bolsa (EXAME)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 15h45.

São Paulo – O mês de março foi marcado pelo retorno dos fluxos estrangeiros de capital aos mercados da América Latina, após nove semanas consecutivas de saídas de recursos. De acordo com dados da EPFR Global, o mês passado terminou com a entrada de 6,2 bilhões de dólares na região.

Além disso, este movimento mostra aceleração nas últimas semanas. Cerca de 256 milhões de dólares voltaram à América Latina na última semana de março e nos primeiros sete dias de abril o montante chegou aos 976 milhões de dólares.

Os fundos dedicados aos mercados emergentes, que foram os principais responsáveis pela debandada recente de recursos, são agora os protagonistas de grande parte da recuperação.

“Esta é uma tendência que está em linha com o que vimos em 2010, quando mais de 80% dos recursos totais dos mercados da América Latina estavam atrelados à fundos voltados aos mercados emergentes”, avalia Cristian Moreno, analista do Santander.

No entanto, apesar da recuperação vista na última semana de março, os fluxos de estrangeiros foram negativos no período, com saldo no vermelho de 1,03 bilhão de dólares. Porém, o montante representa uma desaceleração em relação a fevereiro, quando 3,7 bilhões de dólares deixaram a América Latina.

“Essa retomada é reflexo da diminuição das preocupações com os mercados emergentes e as crescentes incertezas vindas de países desenvolvidos. Com os investidores estrangeiros como os principais vendedores, os investidores institucionais e as empresas da América Latina foram os principais compradores de ativos em março”, explica Moreno.

Com base nos fluxos de negócios da BM&FBovespa, os investidores institucionais foram responsáveis pela aquisição de 657 milhões de dólares em ativos, enquanto as empresas trouxeram recursos da ordem de 993 milhões de dólares em março.

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