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Altérra: Fundo fez parcerias com gestoras para aportes no hemisfério sul (Leandro Fonseca /Exame)
Repórter de Mercados
Publicado em 10 de novembro de 2025 às 12h27.
O ALTÉRRA, maior fundo privado de investimento climático do mundo, ainda não encontrou oportunidade para investir no Brasil, país sede da COP 30. Mas, a depender do CEO da organização, esse cenário pode mudar num futuro próximo.
O fundo foi criado após a COP 28, nos Emirados Árabes, com o objetivo de mobilizar capital do setor privado, visando especificamente alocar fundos no Sul Global, o que inclui a América Latina.
“Os governos dos Emirados Árabes Unidos e do Brasil, assim como seus presidentes, mantêm um relacionamento muito próximo”, afirma o CEO da ALTÉRRA, Majid Al Suwaidi, no Global Investors Symposium, do Milk Institute, em São Paulo.
Embora o fundo não tenha investido no Brasil até o momento, Al Suwaidi afirma que os países têm se engajado ativamente em discussões. “O objetivo é garantir que sejam feitos os investimentos certos, mostrando retornos comerciais e impulsionando a mobilização de capital”, afirma, dizendo não ter dúvidas de que encontrarão tais investimentos.
A organização está trabalhando em estreita colaboração com muitos parceiros brasileiros para tentar encontrar o primeiro negócio que realmente faça a diferença. Eles, inclusive, gostariam de fazer parte da história da transição energética no país Suwaidi.
O Brasil sedia a COP30, a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que ocorre na cidade de Belém, no Pará. O evento reúne líderes globais para discutir metas de redução de gases de efeito estufa, preservação ambiental e financiamento climático, destacando o papel do país na agenda climática internacional, especialmente por sua relação com a Amazônia.
A ALTÉRRA estabeleceu parcerias com Brookfield, TPG e BlackRock desde a crianção do fundo para mostrar que estavam trabalhando para mobilizar capital o mais rápido possível para chegar a meta nos próximos cinco anos.
Com US$ 30 bilhões de capital inicial, a organização visa mobilizar até US$ 250 bilhões para ações climáticas até 2030.
Especificamente para o Sul Global, a companhia criou dois fundos em parceria com a Brookfiel e TPG (CTF e GSI, respectivamente).
"Quando começamos, nos disseram que conseguiríamos multiplicar nosso capital por 1 ou 1,5. Poder mostrar hoje que alcançamos nove vezes o nosso capital e de quatro a cinco vezes com a Brookfield e a TPG, respectivamente, demonstra que já tivemos sucesso. Mas o que é mais importante é que isso demonstra que o setor privado está interessado em investir nessa área e que grandes instituições estão se unindo a esses grandes investidores para investir no Sul Global", diz.