Mercados

Baixa na celulose reduz preço-alvo de ações da Suzano, diz Ágora

Analista mantém recomendação de compra e aponta elevada alavancagem financeira após aquisição da Conpacel

Viveiro da Suzano Papel e Celulose; ações da companhia  amargam o vermelho em 2011 (Lia Lubambo/EXAME.com)

Viveiro da Suzano Papel e Celulose; ações da companhia amargam o vermelho em 2011 (Lia Lubambo/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 14h41.

São Paulo – A expectativa de menores preços à celulose fez com que o preço-alvo para dezembro de 2011 às ações da Suzano (SUZB5) fosse reduzido pela corretora Ágora. A estimativa caiu de 24 para 22 reais, o que representa um potencial de valorização de 56%. A recomendação de compra foi mantida.

Para o analista Luiz Otávio Broad, que assina o relatório, a projeção para o preço médio em dólar da celulose de fibra curta para este ano caiu em 13,9%, para 891 dólares por tonelada. Desta forma, a perspectiva para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi reduzida em 19,1%, para 1,7 bilhão de reais.

A nova avaliação também considera o desempenho recente da Suzano. A empresa apresentou um lucro líquido de 143,8 milhões de reais para o primeiro trimestre do ano, 17% maior que o ganho obtido no mesmo período de 2010.

Porém, na comparação com o quarto trimestre de 2010, o ganho da empresa recuou 42,6%. Embora favorecido por variações cambiais, o lucro foi impactado negativamente por menor volume de vendas e efeitos de imposto de renda, segundo a empresa afirmou no balanço.

Conpacel

Em fevereiro, a Suzano comunicou a conclusão da aquisição da fatia da Fibria na Conpacel - Consorcio Paulista de Papel e Celulose, que compreende 50% da fabrica de papel e celulose, terras próprias e plantio próprio e arrendado. O valor do negócio foi de 1,4 bilhão de reais.

A empresa já detinha 50% na Conpacel. Em 2010, o Ebitda estimado referente à esta participação foi de 250 milhões de reais.

“A alavancagem financeira da Suzano cresceu em 2011 com a aquisição de 100% da Conpacel e deve permanecer elevada em função dos projetos de investimentos, devendo começar a recuar a partir de 2014”, avalia Broad.

Para ele, grande parte do valor da Suzano está em seu fluxo de caixa futuro, em função de bons projetos de aumento de capacidade de celulose de mercado. Estes projetos estão localizados no nordeste brasileira, mais precisamente no Maranhão e no Piauí.

Em 2011, as ações preferenciais classe A da Suzano registram queda de 8,2%, desempenho parecido ao do Ibovespa, que conta com uma desvalorização de 9%.

Acompanhe tudo sobre:AçõesAnálises fundamentalistasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasMadeiraMercado financeiroPapel e Celulosesuzano

Mais de Mercados

"Emergentes podem voltar a ser os queridinhos do mercado", diz Luiz Fernando Araujo, da Finacap

Ibovespa opera em queda de olho em fiscal brasileiro; dólar sobe 1%

Petrobras paga nesta sexta-feira a segunda parcela de proventos do 1º trimestre

Mercedes-Benz reduz previsão de lucro e ações chegam a cair 7%