Bovespa: na reta final, com dólar renovando máximas, juros passaram a subir com pouco mais de força (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2014 às 17h43.
São Paulo - O cenário eleitoral doméstico, com o aumento da vantagem de Dilma Rousseff sobre Marina Silva, e a valorização da moeda norte-americana levaram as taxas futuras de juros a um movimento de alta nesta quarta-feira, 1.
A evolução dos DIs, entretanto, foi contida em grande parte do dia pela forte queda dos yields dos Treasuries, em meio à aversão ao risco no exterior e à expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie novas medidas de estímulo em sua reunião de amanhã.
Na reta final, porém, com o dólar renovando máximas, os juros passaram a subir com um pouco mais de força.
Ao término da negociação estendida na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (127.615 contratos) marcava 10,98%, de 10,94% no ajuste anterior.
A taxa do DI para janeiro de 2016 (148.720 contratos) indicava 12,00%, de 11,95% na véspera.
O DI para janeiro de 2017 (304.605 contratos) apontava 12,33%, de 12,24% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (179.535 contratos) tinha taxa de 12,38%, de 12,22% ontem.
No Ibope, Dilma oscilou de 38% para 39%, Marina caiu de 29% para 25% e Aécio se manteve em 19%. Em um eventual segundo turno, Dilma oscilou de 41% para 42% das intenções de voto e Marina caiu de 41% para 38%.
No cenário em que o adversário de Dilma é o candidato do PSDB, a diferença da petista sobre o tucano oscilou de 11 para 10 pontos porcentuais da última pesquisa para cá.
Agora Dilma tem 45% contra 35% de Aécio. No Datafolha, Dilma se manteve em 40%, Marina oscilou de 27% para 25% e Aécio oscilou de 18% para 20%.
A sondagem aponta que, num eventual segundo turno entre Dilma e Marina, a presidente tem 49% das intenções de voto e a candidata do PSB, 41%. Foi a primeira vez que Dilma aparece à frente de Marina, sem a condição de empate técnico.
No exterior, EUA e Europa divulgaram indicadores de atividade abaixo das estimativas.
Além disso, em Hong Kong, há tensões crescentes, com a população se manifestando contra a intenção da China de aumentar sua influência na região.
Um caso confirmado de contaminação por ebola nos EUA completa a lista de preocupações dos agentes nesta sessão.
Tudo isso, e com a expectativa de que o BCE possa anunciar compras de títulos de países periféricos, como Grécia e Chipre, joga os juros europeus para baixo e também pressiona os yields dos Treasuries.
A taxa do T-note de 10 anos estava em 2,401% no fim da tarde em Nova York, de 2,505% ontem.