Bovespa: ao término da sessão regular, DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,363% (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2014 às 16h27.
São Paulo - Os juros futuros terminaram a sessão em leve queda nesta segunda-feira, 24, mas bem perto dos ajustes.
Por um lado, a expectativa de que a presidente Dilma Rousseff indique uma nova equipe econômica, com cunho mais ortodoxo, ainda anima os investidores.
Entretanto, a alta do dólar e o avanço dos yields (retorno) dos Treasuries durante boa parte da sessão limitaram o recuo das taxas.
Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 (236.865 contratos) tinha taxa de 11,363%, ante 11,343% no ajuste de sexta-feira.
O contrato para abril do próximo ano (78.835 contratos) marcava 11,780%, de 11,790%. O DI para janeiro de 2016 (108.525 contratos) indicava 12,30%, de 12,33%.
O DI para janeiro de 2017 (142.915 contratos) apontava 12,22%, de 12,24%. E o DI para janeiro de 2021 (114.375 contratos) mostrava 11,84%, ante 11,93%.
O dólar à vista no balcão subiu 1,43% hoje, a R$ 2,5500.
Nos EUA, o juro da T-note de 10 anos estava em 2,306% por volta das 16h40, de 2,309% no fim da tarde de sexta-feira em Nova York.
Na última sexta-feira, foi se consolidando ao longo do dia a percepção de que Dilma anunciará o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, colocará o ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa no Planejamento, manterá Alexandre Tombini no comando do Banco Central e deslocará Carlos Hamilton para o Tesouro Nacional.
Com a expectativa de que a presidente confirmasse os nomes após o fechamento da bolsa naquele dia, às 17 horas, as taxas de juros futuros caíram bastante na sessão estendida.
Hoje, como a comparação se dá com o ajuste do pregão regular, não existe uma correção tão forte a se fazer e a ponta longa da curva chegou a perder mais prêmio.
Em meio à expectativa com a nova equipe econômica, os investidores acabaram deixando em segundo plano os dados sobre a arrecadação federal em outubro, que vieram basicamente em linha com a mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções. O recolhimento de R$ 106,215 bilhões no mês passado significa queda real de 1,33% em relação a outubro de 2013. Além de a arrecadação com o Refis (R$ 1,666 bilhão) ter ficado abaixo do esperado pelo governo, as desonerações somaram R$ 8,451 bilhões.
Já o Banco Central divulgou que o resultado das transações correntes seguiu negativo em outubro, ao registrar um déficit de US$ 8,131 bilhões. O resultado ficou dentro das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de um saldo negativo de US$ 8,6 bilhões a -US$ 6,6 bilhões - a mediana apontava para um déficit de US$ 7,6 bilhões. Mesmo assim, é o pior para o mês desde o início da séria histórica, em 1980, e provavelmente o maior rombo desde 1947, quando o BC começou a levantar os dados de transações correntes, segundo afirmou o próprio chefe do Departamento Econômico da instituição, Tulio Maciel.