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Alta de juro no Japão, estreia do VIX Brasil, GOL e balanços: 4 assuntos que movem os mercados

Bank of Japan sobe juro pela primeira vez em 17 anos e encerra período de taxas negativas

Kazuo Ueda, presidente do Bank of Japan: Japão sobe juro pela primeira vez e 17 anos  (KAZUHIRO NOGI/Getty Images)

Kazuo Ueda, presidente do Bank of Japan: Japão sobe juro pela primeira vez e 17 anos (KAZUHIRO NOGI/Getty Images)

Publicado em 19 de março de 2024 às 08h02.

Última atualização em 19 de março de 2024 às 08h03.

O mercado internacional iniciou esta terça-feira, 19, sem uma direção definida, ainda à espera da decisão de juros do Federal Reserve (Fed). Não há dúvidas de que a atual faixa, entre 5,5% e 5,25%, será mantida. Mas há grande expectativa para o relatório trimestral de projeções, especialmente para as taxas de juros do fim deste e dos próximos anos.

Alta de juro no Japão

Enquanto aguardam o Fed, investidores digerem a decisão histórica do Bank of Japan de encerrar a política de juro negativo. Nesta madrugada, o Japão elevou em 0,20 ponto percentual sua taxa básica de juro de 0,10 negativo para 0,10 positivo.

Foi a primeira alta de juro em 17 anos no país. O estímulo foi mantido por tanto tempo como uma medida de incentivar investimentos e o consumo para evitar a deflação, que assombrou o país desde o início dos anos 2000. Agora, o Japão está em uma página diferente da histórica, com uma inflação que tem rodado acima de 2% desde 2022 e se mantido acima deste patamar.

VIX estreia na B3

O Índice de VIX irá estrear nesta terça na B3, tendo como base a volatilidade do Ibovespa. O ticker será VXBR, de VIX Brasil. Ainda não foram estruturados contratos futuros sobre o índice, o que poderia torná-lo uma ferramenta de hedge contra grandes oscilações, mas já está nos planos da B3, assim como uma eventual viabilização de ETFs. No exterior, o índice é conhecido como Índice do Medo e da Ganância, dado suas fortes altas em períodos de crise.

GOL cancela guidance

A GOL, em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, anunciou na última noite a descontinuidade das projeções operacionais (guidance). As projeções para este ano incluíam receita líquida de R$ 19 bilhões e dívida líquida de 4 vezes o Ebitda. 

Balanços: reação aos números de Itaúsa e Magalu

Investidores reagirão nesta terça à série de balanços corporativos divulgados na última noite. Entre as empresas que apresentaram resultados do quarto trimestre estiveram Embraer, Itaúsa, Terra Santa e as varejistas Magazine Luiza e Grupo SBF, dona da Centauro. Hoje, a farmacêutica Blau, a companhia de internet Desktop e a de marketplaces Infracommerce divulgam seus respectivos balanços nesta terça.

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