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Alpargatas, dona da Havaianas, ganha recomendação de compra do UBS: entenda os motivos

Banco vê recuperação no Brasil e roteiro concreto de melhoria no exterior

Alpargatas tem recuperação internacional com a marca Havaianas (Havaianas/Divulgação)

Alpargatas tem recuperação internacional com a marca Havaianas (Havaianas/Divulgação)

Publicado em 1 de setembro de 2025 às 13h43.

Última atualização em 1 de setembro de 2025 às 14h54.

A Alpagartas (ALPA4) recebeu upgrade de recomendação pelo UBS BB, de neutra para compra.

Os analistas avaliam que a estratégia de simplificação de processos da dona das sandálias Havaianas já está entregando resultados sólidos, com margens de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) a caminho de superar níveis históricos. A estimativa do UBS é de margens de 22,4%, 22,7% e 23,1% em 2025, 2026 e 2027, respectivamente.

Outra razão apontada pelo banco diz respeito a um caminho mais claro para a lucratividade nos mercados internacionais, após o acordo com um novo fornecedor para distribuir Havaianas nos Estados Unidos. Segundo o banco isso também deve elevar as margens de Ebitda no exterior, de 1,4% para 6,8% só esse ano.

Dividendos atraentes e recorrente fluxo de caixa

O UBS BB também justifica o upgrade pelos "dividendos atraentes" que a Alpargatas deve distribuir, após a redução de capital proposta pela companhia.

Os analistas também destacaram a Rothy's, empresa americana na qual a Alpargatas detém participação de 49%. Segundo o UBS, o negócio pode até ter presença pouco relevante nos lucros da companhia (cerca de 5%), mas possui posição de caixa líquida de US$ 160 milhões e sinais de melhora operacional.

Por fim, a última razão do UBS para elevação da empresa para compra são as tendências saudáveis ​​e recorrentes de fluxo de caixa livre à frente.

Recuperação internacional

Os analistas apontam que a administração da Alpargatas já executou uma recuperação bem-sucedida no Brasil e agora vê um roteiro concreto para melhorias internacionais. Segundo o UBS, o acordo de distribuição com a Eastman deve ajudar a transformar as operações nos Estados Unidos, saindo de um impacto negativo em torno de R$ 80 milhões em 2024 para um negócio lucrativo a partir do ano que vem no país.

Há também um ambiente favorável para a Havaianas na Europa, de acordo com o banco, com crescimento de dois dígitos em junho e aumento de interesse dos clientes pela marca nos principais países da União Europeia.

É por conta dessas melhores perspectivas internacionais que o UBS elevou as estimativas de Ebitda ajustado: crescimento de 2% em 2025, alcançando R$ 770 milhões; avanço de 5% ano que vem, atingindo R$ 905 milhões; e aumento de 5% em 2027, obtendo R$ 1 bilhão de Ebitda.

O UBS também atualizou o preço-alvo da Alpargatas, de R$ 10,50 para R$ 12/ação.

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