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"Alguma coisa vai quebrar", diz El-Erian após dados de payroll

Dados do mercado de trabalho americano saíram mais fortes que o esperado, o que deverá forçar o Fed a manter juro alto por mais tempo

Mohamed El-Erian: "O Fed não vai receber bem este relatório" (Bloomberg/Getty Images)

Mohamed El-Erian: "O Fed não vai receber bem este relatório" (Bloomberg/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 6 de outubro de 2023 às 13h16.

Última atualização em 6 de outubro de 2023 às 13h26.

Provavelmente, “alguma coisa vai quebrar”, com dados de empregos nos EUA que forçarão o Federal Reserve a manter juros mais altos por mais tempo, disse o ex-CEO da Pimco, Mohamed El-Erian.

O Fed não vai receber bem este relatório”, disse El-Erian, presidente do Queen’s College em Cambridge, conselheiro econômico-chefe da Allianz e colunista da Bloomberg Opinion. “E má notícia para os mercados e para a Fed. No longo prazo, isso também pode acabar sendo uma má notícia para a economia.”

Os dados do payroll

Os dados divulgados nesta sexta-feira sobre geração de emprego nos EUA, baseados nas folhas de pagamento das empresas (payrolls, em inglês), são “consistentes” com sua previsão de uma possível recessão, disse El-Erian. “Esta é uma economia que se acostumou a taxas de juros ridiculamente baixas e a injeções de liquidez. A mudança de regime está acontecendo muito rápido.”

Um mercado de trabalho robusto aumentou as expectativas de uma alta de juros do Fed em novembro, e levou o mercado a puxar mais para frente ainda a precificação de futuros cortes. Os swaps de juros agora precificam o primeiro corte de 0,25 ponto percentual em setembro de 2024, comparado a julho antes.

“Isso coloca de volta na mesa um aumento para novembro”, disse El-Erian, um dos economistas que mais criticou o Fed por ter começado tarde o combate à inflação. “Quando você fica para trás logo no início de um ciclo de inflação, você paga o preço quando chega no final.”

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