Labubu: sucesso global das bonecas garante resultado da Pop Mart (MediaNews Group/Orange County Register via Getty Images / Colaborador/Getty Images)
Redatora
Publicado em 20 de agosto de 2025 às 08h44.
O sucesso das bonecas Labubu levou a Pop Mart a registrar um salto de 396,5% no lucro líquido no primeiro semestre de 2025, com o faturamento avançando 204,4% em relação ao ano anterior, para 13,88 bilhões de yuans (US$ 1,93 bilhão).
O resultado, que superou as projeções divulgadas no mês passado, fez as ações da fabricante chinesa de brinquedos dispararem 12,54% nesta quarta-feira, 20, revertendo as perdas do início do pregão.
Descritas como “feias-fofas”, com dentes afiados e orelhas grandes, as Labubu se tornaram um fenômeno global, vistas em acessórios de celebridades como Rihanna e Lisa, do grupo de K-pop Blackpink.
Para ampliar o alcance da marca, a empresa anunciou nesta semana uma versão em miniatura da boneca, que pode ser usada como acessório para celulares.
De acordo com analistas ouvidos pela CNBC, a volatilidade das ações da Pop Mart pode refletir tanto o movimento de fundos domésticos realizando lucros quanto a cobertura de posições vendidas. Investidores institucionais globais também têm apostado no papel como forma de exposição ao consumo chinês.
No acumulado de 2025, a ação já sobe mais de 200%, segundo dados da LSEG.
Apesar do entusiasmo, há alertas sobre a sustentabilidade desse crescimento. Para Jeff Zhang, analista da Morningstar, embora as vendas das Labubu e de outras franquias sigam fortes, “não há garantia de que os consumidores continuarão favorecendo esses produtos nos próximos 5 a 10 anos”.
Ele acrescentou que, em sua visão, as ações da Pop Mart seguem caras diante dos riscos de longo prazo.
No balanço, a companhia destacou que a região da Ásia e do Pacífico (fora da China) como seu maior mercado externo, com receita 257,8% maior em relação ao ano anterior, totalizando 2,85 bilhões de yuans.
As Américas vieram em seguida, com alta de mais de 1.000%, para 2,26 bilhões de yuans. A empresa reforçou que a propriedade intelectual é o núcleo do negócio e que seguirá expandindo sua presença global.