Mercados

Alcoa e Fed podem levar bolsas de NY a abrir com perdas

Na falta de anúncio de indicadores da economia norte-americana antes da abertura do mercado, os investidores mostram cautela e esperam eventos que ocorrem ao longo do dia


	Bolsa de Nova York: às 12h15 (horário de Brasília), o Dow Jones recuava 0,10%, o Nasdaq tinha queda de 0,08% e o S&P 500 cedia 0,14%
 (Getty Images)

Bolsa de Nova York: às 12h15 (horário de Brasília), o Dow Jones recuava 0,10%, o Nasdaq tinha queda de 0,08% e o S&P 500 cedia 0,14% (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 11h42.

Nova York - Os índices futuros das bolsas norte-americanas operam com pequena queda nesta terça-feira, sinalizando uma abertura também no vermelho.

Na falta de anúncio de indicadores relevantes da economia norte-americana antes da abertura do mercado, os investidores mostram cautela e esperam eventos que ocorrem ao longo do dia. A Alcoa inicia a temporada de divulgação de resultados e o presidente do Federal Reserve de Richmond Jeffrey Lacker faz discurso.

Às 12h15 (horário de Brasília), o Dow Jones recuava 0,10%, o Nasdaq tinha queda de 0,08% e o S&P 500 cedia 0,14%.

O discurso de Lacker ganha relevância após o Fed ter divulgado na semana passada uma ata em que sinaliza que as compras de ativos para estimular a economia norte-americana vão acabar este ano. Não há consenso pelo que mostrou a ata se o término do programa será só no final do ano ou antes disso. O executivo fala às 18h (horário de Brasília).

Também no mesmo horário está prevista a divulgação de dados de novembro do crédito ao consumo pelo Fed. Antes da abertura, foi divulgado o índice de confiança das pequenas empresas dos EUA, que ficou em 88,0 em dezembro, acima dos 87,5 em novembro. Apesar da alta, o índice permanece perto do menor nível nos 38 anos de história dessa pesquisa.

Além dos eventos econômicos, os investidores seguem de olho em Washington, à espera de novidades sobre as discussões fiscais e de elevação do teto da dívida. Alguns bancos de investimento já sinalizam que a polarização política e as incertezas fiscais podem afetar negativamente o desempenho econômico dos Estados Unidos neste começo de ano, na medida em que interfere na decisão de investir dos empresários e de consumir das pessoas.


O chefe da área de renda variável do banco de investimento Jefferies Sean Darby escreveu que embates políticos e crises de curto prazo em Washington vão ser frequentes nos próximos meses. Por isso, o economista projeta um primeiro semestre fraco para a economia norte-americana, que deve se recuperar no segundo período do ano.

Entre as notícias corporativas, o destaque do dia promete ser a Alcoa, que inicia a temporada de divulgação de balanços. A gigante do setor de alumínio deve anunciar seus números após o fechamento do mercado. Um relatório do Deutsche Bank destaca que o balanço será monitorado mais de perto, justamente por ser o primeiro a ser divulgado, e por sinalizar como está a produção mundial de alumínio. No pré-mercado, o papel da empresa subia 0,78%.

As ações do setor de tecnologia seguem no radar. Nesta terça-feira se dá a abertura da feira anual do setor em Las Vegas, a maior do mundo no segmento, e são esperados anúncios importantes de lançamentos de empresas de TI (tecnologia da informação), principalmente relacionados a celulares, tablets, televisores inteligentes e processadores mais rápidos.

Companhias de atuação global, como LG, Samsung e Sharp, já avisaram que vão anunciar novidades na feira. Ontem, a Samsung deu uma prévia de seu novo laptop com o sistema Windows 8. No pré-mercado, ações das gigantes norte-americanas de TI operam em alta. A Apple sobe 0,83%, a Intel tem alta de 0,28% e a Microsoft ganha 0,22%.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valores

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol