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Com Lula eleito, Bolsa cairia e dólar iria a R$ 4,10, diz estudo

Levantamento realizado pela XP Investimentos apontou para onde a Bolsa e o dólar iriam na possibilidade da eleição de Alckmin, Doria, Huck, Lula e Bolsonaro

Lula: para 98% dos investidores, o dólar vai disparar se ele for eleito presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)

Lula: para 98% dos investidores, o dólar vai disparar se ele for eleito presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 16h10.

Última atualização em 24 de novembro de 2017 às 19h27.

São Paulo - Uma pesquisa realizada pela XP Investimentos aponta que a Bolsa e o câmbio se beneficiaram com a vitória de Geraldo Alckmin, João Doria ou Luciano Huck nas eleições presidenciais em 2018. Já a vitória de Lula e Bolsonaro seria o pior cenário para o mercado.

O levantamento, que foi realizado com 211 investidores institucionais entre os dias 21 e 23 de novembro, indicou qual patamar a Bolsa e o dólar iriam com a eleição dos seguintes candidatos: Alckmin, Huck, Doria, Jair Bolsonaro e Lula.

Segundo os dados, o melhor cenário para o mercado seria a vitória do governador de São Paulo. Com Geraldo Alckmin na presidência, 82% dos entrevistados acreditam que a Bolsa subiria do patamar atual, sendo que 25% afirmam que a Bolsa subiria entre 80 mil e 85 mil pontos, 17% entre 85 mil e 90 mil pontos e 31% disseram que o Ibovespa passaria dos 90 mil pontos.

Em relação ao dólar, 38% indicaram que o câmbio brasileiro se valorizaria para um patamar abaixo de R$/US$ 3,00. Sendo que 10% indicam que iria para abaixo de R$/US$ 2,80. Para 9% dos respondentes a moeda se desvalorizaria para mais de R$/US$ 3,50.

Dória e Huck

Na possibilidade do prefeito de São Paulo, João Doria, ganhar a eleição 87% dos respondentes disseram que a Bolsa teria valorização.

Para 46%, a Bolsa subiria acima dos 90 mil pontos, 18% entre 85 mil e 90 mil pontos e 14% entre 80 mil pontos e 85 mil.

No caso do dólar, 54% indicaram que o câmbio brasileiro se valorizaria para um patamar abaixo de R$/US$ 3,00. Sendo que 22% indicam que iria para menos de R$/US$ 2,80. Para 12% dos respondentes a moeda se desvalorizaria para mais de R$/US$ 3,30.

Com Luciano Huck na presidência, 62% dos entrevistados acreditam que a Bolsa subiria acima do patamar atual. Para 18% dos investidores, o Ibovespa ficaria entre 80 mil e 85 mil pontos, 12% entre 85 mil e 90 mil pontos e 21% acima dos 90 mil.

Lula e Bolsonaro

Se o mercado se mostra otimista com os políticos do PSDB e com Huck, a situação é oposta com o Lula e Jair Bolsonaro.

Para 95% dos investidores, se o ex-presidente Lula ganhasse a eleição a Bolsa ficaria abaixo do patamar atual. Entre eles, 48% apontam o Ibovespa abaixo dos 55 mil pontos, 31% entre  55 mil e 60 mil e 11% entre 60 mil e 70 mil. Apenas 1% acredita que a Bolsa ficaria acima dos 90 mil pontos.

Em relação ao dólar, 98% indicaram que o real se desvalorizaria (considerando o patamar atual de R$/US$ 3,23). Sendo que 36% indicam que a moeda subiria para um patamar acima de R$/US$ 4,10. Para 57%, a moeda se desvalorizaria ao menos 20%.

Com o deputado Jair Bolsonaro como presidente, 88% dos entrevistados acreditam que a Bolsa ficaria abaixo do patamar atual.

Para 10% dos entrevistados, com Bolsonaro o Ibovespa ficaria entre 70 mil e 75 mil pontos, 12% entre 65 mil e 70 mil pontos, 20% entre 60 mil e 65 mil pontos, 19% entre 55 mil e 60 mil e 12% abaixo dos 55 mil pontos. Com o dólar, 77% indicaram que o câmbio brasileiro se desvalorizaria.

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