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Ainda colado ao dólar, juro futuro cai em dia de Copom

Diante da desvalorização da moeda dos Estados Unidos, as taxas futuras de juros também caíram, sobretudo nos contratos mais longos


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (360.695 contratos) marcava 9,17%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (360.695 contratos) marcava 9,17% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 17h11.

São Paulo - Tal qual nos últimos dias as taxas futuras de juros operaram nesta quarta-feira, 28, em sintonia com o comportamento do dólar ante o real.

Diante da desvalorização da moeda dos Estados Unidos, as taxas futuras de juros também caíram, sobretudo nos contratos mais longos. Apesar do movimento no pregão, continuaram iguais as apostas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que termina nesta noite, de alta de 0,50 ponto porcentual para a Selic, para 9% ao ano.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (360.695 contratos) marcava 9,17%, de 9,20% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (479.310 contratos) indicava taxa de 10,18%, de 10,30% na véspera. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (227.445 contratos) apontava 11,41%, ante 11,53% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (6.670 contratos) estava em 11,74%, de 11,83% no ajuste anterior.

"Além da queda do dólar, agora no fim da tarde, houve uma zerada de posições por parte dos investidores de day trade. Isso acabou aprofundando a queda das taxas de juros", explicou um operador. "De qualquer forma, os juros têm andado colados ao dólar. E como o Banco Central deve voltar a falar sobre a questão do câmbio na próxima ata, esse quadro deve se manter", continuou a fonte.

A moeda dos EUA no mercado à vista de balcão caiu 1,05%, encerrando a R$ 2,346. O movimento foi influenciado por uma série de fatores domésticos, como declarações da presidente Dilma Rousseff, intervenções contínuas do BC, bem como o arrefecimento, ainda que momentâneo, da preocupação com a possibilidade de invasão da Síria.

No exterior, a Síria voltou a ser assunto. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou que o grupo de inspetores da entidade que está na Síria para investigar o suposto uso de armas químicas precisa de quatro dias para concluir seu trabalho. Ao pedir ao dividido Conselho de Segurança do organismo para se unir e levar a paz ao país árabe, o secretário alimentou a cautela e amenizou a pressão no dólar.

Nos EUA, os juros dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro norte-americano, acentuaram a alta à tarde, após o leilão do Tesouro de T-notes de cinco anos atrair fraca demanda e pagar o maior yield (retorno ao investidor) desde maio de 2011. O juro do T-note de dez anos marcava 2,783% às 16h30 (horário de Brasília), de 2,717% no fim da tarde da véspera.

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