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AIE diz que oferta excessiva de petróleo continuará em 2016

A AIE estima que a demanda pelo petróleo da Opep - que atende mais de um terço do consumo mundial - também perderá força em 2016


	Previsão: a AIE estima que a demanda pelo petróleo da Opep - que atende mais de um terço do consumo mundial - também perderá força em 2016
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Previsão: a AIE estima que a demanda pelo petróleo da Opep - que atende mais de um terço do consumo mundial - também perderá força em 2016 (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2015 às 07h26.

Paris - A Agência Internacional de Energia (AIE) alertou hoje que a situação de oferta excessiva nos mercados mundiais de petróleo deverá persistir no próximo ano, à medida que o crescimento da demanda pela commodity perde força em meio à expectativa de que o Irã amplie suas exportações.

Em relatório mensal, a AIE, que representa alguns dos maiores consumidores mundiais de petróleo, adotou tom menos otimista do que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que ontem previu que os mercados começariam a se reequilibrar em 2016, diante da queda na produção dos EUA.

No documento, que é acompanhado de perto por investidores e analistas, a AIE reduziu sua previsão de crescimento da demanda global para o ano que vem, em 200 mil barris por dia (bpd), em relação ao mês passado. A entidade agora projeta que o consumo global de petróleo expandirá 1,2 milhão de bpd em 2016, após possivelmente registrar aumento de 1,8 milhão de bpd em 2015, o melhor resultado em cinco anos.

"Uma significativa desaceleração projetada no crescimento da demanda e a esperada chegada de mais barris iranianos - caso as sanções internacionais sejam aliviadas - deverão manter o mercado com excesso de oferta ao longo de 2016", avaliou a AIE.

A AIE prevê que a produção iraniana poderá avançar para 3,6 milhões de bpd, do atual nível de 2,9 milhões de bpd, se as sanções impostas ao Irã forem suspensas no começo do próximo ano, como resultado do acordo histórico que Teerã fechou com seis potências globais para reduzir seu programa nuclear.

Por outro lado, a AIE prevê que a demanda pelo petróleo da Opep - que atende mais de um terço do consumo mundial - também perderá força em 2016. A nova projeção é de 31,1 milhões de bpd, 200 mil barris a menos do que no cálculo de setembro. 

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