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Agronegócio e Telecom são favoráveis a IPOs, diz Anbima

Segundo diretor da Associação, 2014 começa com perspectiva de novas ofertas públicas iniciais

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 16h31.

São Paulo - Depois de um ano de retomada das operações de abertura de capital no mercado brasileiro, 2014 começa com perspectiva de novas ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês). Segundo o diretor da área de mercado de capitais da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Márcio Guedes, agronegócio e telecomunicações são setores promissores para a realização de novas ofertas públicas.

Agronegócios, segundo Guedes, é um dos setores em que houve pouca atividade desse tipo recentemente. “É um segmento grande, complexo, com empresas importantes, mas sem muitas de capital aberto”, diz. Segundo ele, empresas médias podem aproveitar a melhora do setor e se animarem a buscar recursos no mercado via IPO. “Hoje, essas companhias, que são saudáveis, captam recursos principalmente via fundos de private equity”, explica.

Da mesma forma, o setor de telecomunicações e tecnologia da informação é visto pelo executivo como um possível celeiro de boas ofertas públicas em 2014. Ele citou como exemplo a Senior Solutions, que, em março do ano passado, estreou no segmento de acesso da bolsa brasileira, o Bovespa Mais. A oferta de ações da companhia movimentou R$ 62,1 milhões. “Existem muitas outras empresas como essa espalhadas pelo Brasil”, afirma”.

Para Guedes, essas ofertas menores podem começar a ganhar força em 2014, mas esse movimento terá de contar com o apetite dos investidores locais. “As empresas menores chegarão ao mercado pela mão dos investidores locais, porque os estrangeiros não têm apetite para isso.” Ele acredita que o apetite de investidores individuais e dos chamados “family offices” podem impulsionar esse movimento.

No patamar das ofertas maiores, o mercado brasileiro também tem potencial para novas aberturas de capital, na visão de Guedes. Contudo, a passagem da teoria à prática dependerá do humor dos investidores estrangeiros e dos rumos da economia global.

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