Mercados

Ágora vê Ibovespa em 86 mil pontos ao final de 2011

Sem considerar as incertezas econômicas no exterior, índice poderia alcançar 94 mil pontos

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2010 às 06h26.

São Paulo - O mercado brasileiro pode deixar o marasmo visto em 2010 e apontar para mares ainda não navegados pelo Ibovespa em 2011. É essa a aposta da equipe de análise da Ágora Corretora, em relatório mensal publicado ontem à noite e no qual traz a sua ousada projeção para o principal índice de ações da bolsa de 86 mil pontos, ou seja, um potencial de valorização em torno de 23%. Em 2010, até ontem, o índice tem uma variação de apenas 2,6%.

Para Marco Antonio Melo, chefe de análise e pesquisa da corretora, os fundamentos das empresas em bolsa balizam fortemente a certeza do valor das ações no tempo. "O cerne da questão para o cenário de 2011 continua a ser a enorme capacidade de crescimento dos lucros corporativos associados à uma corrente de elevada governança, liquidez e maior transparência", explica em relatório.

A análise da corretora destaca que o Brasil ocupa a segunda posição entre os emergentes com as melhores margens Ebitda (relação entre geração de caixa e receita líquida, ou seja, elevada margem operacional), tem pagamento elevado de dividendos e uma relativa baixa alavancagem. Tal situação, segundo Melo, permite margem de manobra favorável no caso de cenário de aumento de aumento no custo de capital internacional.

O que temer?

Os riscos para o próximo ano não devem ser tão diferentes quando comparados aos que têm afetado os mercados este ano. Melo lista a fraqueza fiscal europeia, a lenta recuperação da economia americana, a deterioração gradual das contas externas brasileiras e o desequilíbrio monetário causado pela desvalorização do dólar. "Não acreditamos, a princípio, que estes fatores de risco associados ou não, possam manchar o prêmio previsto de renda variável versus a renda fixa em 2011".

Apesar de acreditar na pouca probabilidade de que os riscos ligados às economias desenvolvidas afetem as projeções para o ano que vem, a Ágora revela que, se utilizado apenas a análise pelo Fluxo de Caixa Descontado, o preço-alvo resultante é de 94 mil pontos.

Eis a explicação: "O preço-alvo mais conservador se justifica pelas incertezas associadas à entrega bem questionável de crescimento econômico global em 2011 superior ao observado em 2010, o que ainda pode influenciar e tornar menos dinâmico o fluxo de recursos para os mercados de renda variável".

Leia mais sobre análise fundamentalista

Siga as notícias de mercados no twitter 

Acompanhe tudo sobre:AçõesAnálises fundamentalistasB3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasMercado financeiroservicos-financeiros

Mais de Mercados

Funcionário esconde R$ 750 milhões em despesas e provoca crise em gigante do varejo

TotalEnergies suspende investimentos no Grupo Adani após acusações de corrupção

Barclays é multada em mais e US$ 50 milhões por captar fundos ilegalmente no Catar

Ibovespa fica no zero a zero com investidores ainda à espera de anúncio do pacote fiscal