Oi teve lucro menor que previsto e a perspectiva da Hypermarcas foi elevada de negativa a estável pela S&P (Marcelo Correa/EXAME)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2012 às 09h08.
São Paulo - O dólar cai contra o euro e outras moedas e os índices futuros de ações americanos e bolsas europeias sobem antes de decisão do Fomc. Iuane e cobre caíram com índice de atividade abaixo do esperado na China.
Juros futuros podem reagir à produção industrial e IPC-S. Agenda ainda tem balança comercial e resultados da Ultrapar e BR Malls. Oi teve lucro menor que previsto e a perspectiva da Hypermarcas foi elevada de negativa a estável pela S&P. Nos EUA, saem dados de atividade, emprego, moradias e petróleo.
Hoje a coluna de renda fixa mostra que títulos em dólar de emissores brasileiros estão oferecendo aos investidores os melhores retornos em mais de três anos. O grau de investimento do País seduz gestores de recursos em busca de alternativas aos papéis dos Estados Unidos e da Europa.
Internacional: Dólar recua com especulações sobre Fed
Dólar e iene se enfraquecem diante da maioria das demais moedas com especulações de que o Fed vai ampliar os estímulos hoje ao final de sua reunião, em meio a evidências de que a economia global está desacelerando.
Após o Fed, amanhã o BCE tem sua primeira reunião depois de o presidente Mario Draghi ter prometido, na semana passada, fazer o possível para preservar o euro.
Iuane caiu após dado PMI industrial divulgado na China ter ficado em 50,1 em julho X est. 50,5. Índice abaixo de 50 sinaliza contração.
No Reino Unido, PMI industrial caiu para 45,4 em julho X est. 48,4 X 48,4 em junho.
Shanghai Composite teve maior alta em três semanas com a promessa do governo de manter o crescimento ofuscando o efeito negativo do PMI.
Índices futuros americanos sinalizam alta para abertura em Nova York e as ações europeias avançam.
Cobre recua após PMI sinalizar desaceleração na China, maior consumidor do metal, e petróleo está perto do menor nível em mais de duas semanas em Nova York.
Rendimento dos títulos do Tesouro americano sobe antes de dado ISM que pode mostrar que a atividade industrial voltou a crescer nos EUA, reduzindo a pressão por novas medidas do Fed. Taxas da Alemanha e Reino Unido também sobem, enquanto as da Itália, Espanha e França recuam.
Agenda do dia: BR Malls, Ultrapar, indústria e balança de julho
A produção industrial deve ter crescido 0,8% em junho, segundo mediana de 41 economistas. O IBGE divulga o dado, às 9:00, no Rio.
Para acompanhar
Oi (OIBR4 BZ) realiza teleconferências com analistas, às 10:30 em português e às 12:00 em inglês • O presidente da Oi, Francisco Valim, e o diretor financeiro, Alex Zornig, se reúnem com jornalistas, às 8:45, no Rio • Executivos da indústria naval participam de evento no Rio, às 9:00
O BC informa o fluxo cambial da última semana, às 12:30
Governo
A presidente Dilma Rousseff se encontra com ministro da Fazenda, Guido Mantega, às 10:00 no Palácio do Planalto. Às 15:00 ela se reúne com Paulo Sérgio Passos, ministro dos Transportes, e às 17:00 Com Leônidas Cristino, ministro-chefe da Secretaria de Portos • O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem reuniões de trabalho em Brasília.
Balanços
Ultrapar (UGPA4 BZ) pós-merc. est. R$ 228 mi, ant. R$ 212,6 mi • BR Malls (BRML3 BZ) pós-merc. est. R$ 47,8 mi, ant R$ 115,4 mi
Empresas em destaque: Oi, BR Malls, Hypermarcas, Coelce
Oi (OIBR4 BZ): Lucro a controladores ficou em R$ 62,2 mi no 2º trimestre. Analistas previam lucro líquido ajustado de R$ 170,8 mi
Hypermarcas (HYPE3 BZ) tem perspectiva revisada pela S&P para estável. Rating BB- é reafirmado. Perspectiva anterior era negativa. “Perspectiva estável reflete nossa expectativa de que a companhia vai continuar a se beneficiar dos ganhos de sinergia de suas aquisições e da administração de custos e de métricas de crédito mais fortes nos próximos trimestres”, disse a S&P
BR Malls (BRML3 BZ) adquire 45% do Shopping Plaza Macaé por R$ 47 milhões. Valor da transação, pago à vista, descontará R$ 22,2 milhões em dívidas
Coelce (COCE3 BZ): Lucro líquido cai 35%, para R$ 85,9 milhões, no 2T12. Um ano antes, lucro líquido foi de R$ 131,3 milhões. Receita líquida cresceu 12%, para R$ 723 milhões, frente a um ano antes.
Fechamento de ontem: Bolsa tem 1º mês de alta em 5, dólar sobe.
Ibovespa encerrou em queda pela primeira vez em quatro dias, pressionado por Petrobras, PDG Realty e Itaú e pelos balanços de empresas, em linha com as expectativas, antes do encontro do BC americano. No mês, o índice acumulou alta de 3,2%, o primeiro ganho desde fevereiro. IBOV: -2,00%, para 56.097,05 pontos.
Empresas de telefonia celular podem ter a venda de chips lideradas nos próximos dias, disse o Estado de S. Paulo citando o ministro das comunicações, Paulo Bernardo.
Ações brasileiras são negociadas hoje em seus menores preços em relação aos títulos do governo. As cotações baixas sinalizam que uma disparada pode estar a caminho em meio a resultados trimestrais que superam previsões de analistas.
Juros: A maior parte dos contratos DI fechou em queda no dia. DI Jan 2013: -1 ponto-base, para 7,38%. DI Jan 2014: +1 ponto-base, para 7,85%. DI Janeiro 2017: -7 pontos, para 9,02%.
Câmbio: O dólar subiu pelo 3º dia, com apostas de que BC não rolaria contratos de swap cambial que vencem hoje. Até o fim dos negócios, a autoridade monetária não havia enviado comunicado sobre leilão. No mês de julho, a divisa americana subiu 2,4%. Dólar: +0,77% para R$ 2,0569.