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Agenda do dia tem Bernanke nos EUA, PIB e Mantega

A economia brasileira deve ter crescido 0,5% no 2º trimestre, segundo mediana de expectativas de 51 analistas


	Ministro da Fazenda, Guido Mantega, concede coletiva de imprensa sobre o PIB
 (Flávio Santana/Biofoto)

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, concede coletiva de imprensa sobre o PIB (Flávio Santana/Biofoto)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 08h12.

São Paulo - Bolsas europeias, euro e commodities sobem antes de fala do presidente do Fed, Ben S. Bernanke. Ações chinesas caíram pelo 4º mês; juros de títulos da Espanha sobem. No Brasil, juros futuros, que subiram com Copom ontem, podem reagir hoje ao PIB do 2º trimestre.

Agenda ainda traz resultado fiscal, fala do ministro Guido Mantega, diretor do BC Awazu Pereira em evento da Apimec e cronograma do Tesouro. Nos EUA, saem dados de atividade, confiança e pedidos à indústria. China divulga PMI à noite. Vale trocou diretor global de vendas.

Hoje a coluna de renda fixa mostra que há duas semanas, os credores do Banco Cruzeiro do Sul SA consideraram a proposta de reestruturação do banco uma “brincadeira” e “absurda”, segundo o BCP Securities. Agora, eles estão perto de aceitá-la.

Internacional: Bolsas e euro sobem antes de fala de Bernanke

Ações europeias têm a 1ª alta em 4 dias e os índices futuros americanos avançam antes de pronunciamento do presidente do Fed. Veja notícia.

Bernanke falará hoje no encontro de bancos centrais em Jackson Hole, nos EUA, onde seu discurso em 2010 precedeu uma 2ª rodada de alívio quantitativo.

Espanha pode colocar recursos próprio no grupo Bankia em vez de usar dinheiro do pacote europeu de resgate, disseram 2 pessoas com conhecimento do assunto.

Desemprego na Região do Euro julho: 11,3 X 11,3% junho; est. 11,3%; nível recorde.

Na Ásia, números mostraram deflação e queda inesperada da produção industrial no Japão e queda na indústria sul-coreana • Ações chinesas completaram o 4º mês seguido de baixa, maior sequência de perda mensal desde 2004, com a queda de lucros de empresas, da Citic à Sany, ampliando receio de desaceleração.

“Bernanke pode reiterar sua posição sobre política acomodatícia e estender sobre algumas políticas e os impactos que tiveram até agora e terão à frente, mas em termos de compras de títulos ou expansão do balanço, não acho que teremos isso em Jackson Hole”, disse Jerry Cudzil, da TCW Group Inc. “No ponto atual, o que pode desapontar ou excitar o mercado é o que acontece na Região do Euro” • Euro tem 1ª alta em 3 dias ante o dólar; maioria das moedas se fortalece; coroa sueca lidera ganhos.

Petróleo ensaia 2º mês de ganho e cobre sobe antes de Bernanke; commodities fecham 3º mês de ganhos; posição dos investidores teve maior alta desde março.

Rendimentos dos títulos do Tesouro americano sobem antes antes de relatório que pode mostrar aumento dos pedidos às fábricas nos EUA.

Taxas das dívidas da Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha também sobem.


Agenda do dia: PIB do 2º trimestre; resultado primário e nominal

A economia brasileira deve ter crescido 0,5% no 2º trimestre, segundo mediana de expectativas de 51 analistas consultados pela Bloomberg.

Para acompanhar

O diretor de assuntos internacionais do BC, Luiz Awazu Pereira, o presidente interino da CVM, Otávio Yazbek, e o presidente do conselho da Fibria (FIBR3 BZ), José Luciano Penido, participam de evento da Apimec, em São Paulo, a partir das 9:00.

A Aneel analisa o plano da Equatorial (EQTL3 BZ) de adquirir a Celpa (CELP5 BZ), em sessão às 14:30 • Tesouro divulga cronograma de leilões para setembro, às 17:00

Governo

Presidente Dilma Rousseff recebe o presidente da CNI, Robson Andrade, às 10:00, e participa da posse dos ministros Felix Fischer e Gilson Dipp nos cargos de presidente e vice-presidente do STJ, às 16:00, em Brasília.

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, concede coletiva de imprensa sobre o PIB às 11:00 em São Paulo.

Presidente do BC, Alexandre Tombini, participa de simpósio promovido pelo Federal Reserve Bank de Kansas City em Jackson Hole, Wyoming, EUA

Empresas em destaque: Elektro, Vale, Itaú, Cosan, Klabin, Amil

Elektro (EKTR3 BZ) fará resgate antecipado de debêntures em 17 de setembro. Empresa vai liquidar a totalidade da 4ª emissão.

Docelar, da Cosan (CSAN3 BZ), quer emitir R$ 170 mi em debêntures. Empresa quer fazer emissão em série única.

Klabin (KLBN4 BZ) disse que pode dobrar a capacidade de produção e de geração de resultados em 3 anos, caso determinados projetos sejam aprovados e executados neste prazo.

Amil (AMIL3 BZ) é rebaixada do equivalente a compra para o equivalente a manutenção pela Raymond James; preço-alvo por ação: R$ 23; analistas Guilherme Assis e Joseph Giordano.

Itaú (ITUB4 BZ) reduziu juros de crédito para pessoa física e empresas; novas taxas entram em vigor em 3 de setembro.

Mangels (MGEL4 BZ) vende Mangels Comércio de Aços à Armco por R$ 13,5 mi; operação é parte de medidas para capitalização.

Vale (VALE5 BZ) tem novo diretor global de vendas para ferrosos. Michael Zhu será substituído por Claudio Alves, que acumulará o atual cargo de diretor global de marketing.

Net (NETC4 BZ): Dólar a R$ 2 impacta capacidade de crescimento da empresa; presidente da empresa, José Felix, disse que ideal para Net seria moeda americana entre R$ 1,70 e R$ 1,80.

Crescimento do setor de TV por assinatura deve desacelerar de 30% este ano para entre 22% e 25% em 2013.


Fechamento de ontem: Bolsa cai com sinais do comunicado do BC

Ibovespa teve 5ª queda em seis dias com expectativa de fim dos cortes da Selic. IBOV: -0,20%, para 57.256,43 pontos.

Se existe uma ação que os analistas dizem que os investidores devem comprar no segundo semestre, é a do Banco Bradesco SA.

Dos 24 analistas que cobrem o segundo maior banco da América Latina em valor de mercado, 18 recomendam a compra, o maior percentual entre as empresas do Ibovespa, segundo dados compilados pela Bloomberg. Banco do Brasil SA e Itaú Unibanco Holding SA ficam em quarto e sexto, respectivamente, entre os 67 membros do índice.

Juros: Taxas da maioria dos contratos de nov/12 a jul/15 subiram em ajuste à decisão do Copom, mais longos de set. e out/12 recuaram. DI Jan 2013: +5 pontos-base, para 7,26%. DI Jan 2014: +8 pontos-base, para 7,83%.

Presidente Dilma espera que o BC não suba os juros no ano que vem, como o mercado está precificando, e que medidas macroprudenciais devem ser usadas preferencialmente em caso de alta da inflação, disse hoje a Folha de S.Paulo citando assessores não identificados do governo.

Câmbio: Dólar teve primeira queda em seis dias, em meio a especulações de que o BC não fará a rolagem dos contratos de swap de vencimento em 3 de setembro e à expectativa de ação dos bancos centrais mundiais contra a crise. Dólar: -0,07% para R$ 2,0484.

Continuaremos com política de desvalorização do real, disse ontem Guido Mantega.

Tomaremos medidas no mercado de derivativos e à vista se necessário, disse o ministro.

Guerra cambial não terminou; política cambial continuará muito ativa em 2012/13, disse Mantega a jornalistas em Brasília.

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