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ADRs brasileiros sobem com tom mais brando de Trump sobre a China

No pré-mercado, o EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York, avançava 1,18%

NYSE: mercados sobem após Trump aliviar discurso contra China (Leandro Fonseca/Exame)

NYSE: mercados sobem após Trump aliviar discurso contra China (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 09h11.

Os recibos de ações brasileiras negociados em Nova York (ADRs) operam em alta na manhã desta segunda-feira, 13, acompanhando o movimento de alívio no mercado internacional após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotar um tom mais moderado em relação à China no fim de semana.

Por volta das 8h40 (horário de Brasília), o EWZ, principal fundo de índice (ETF) brasileiro negociado em Nova York, avançava 1,18% no pré-mercado, revertendo parte das perdas registradas na sexta-feira, quando Trump ameaçou aplicar uma tarifa extra de 100% sobre produtos chineses a partir de novembro.

Entre os principais ADRs brasileiros, a Vale subia 2,33%, acompanhando a valorização do minério de ferro no mercado asiático. As ações da Petrobras avançavam 1,98%, impulsionadas pelos preços mais altos do petróleo, enquanto Itaú Unibanco registrava leve alta de 0,15%. Já o Bradesco operava em alta de 0,36%.

Tensões entre EUA e China

Na sexta-feira, Trump reacendeu temores de uma nova guerra comercial ao anunciar a intenção de dobrar tarifas sobre produtos chineses, além de impor restrições à exportação de softwares críticos. O movimento derrubou as bolsas globais e provocou forte aversão ao risco.

No domingo, porém, o presidente afirmou em sua rede social que “não há motivo para preocupação com a China” e que “tudo ficará bem”, sinalizando disposição para negociar. O discurso mais brando foi suficiente para aliviar parte da tensão dos mercados nesta segunda-feira.

Dados da balança comercial da China

Também contribuiu para o sentimento positivo a divulgação de dados comerciais chineses acima do esperado. As exportações da China cresceram 8,3% em setembro na comparação anual, a maior alta em seis meses, enquanto as importações avançaram 7,4%, superando as projeções de analistas consultados pela Reuters.

Apesar disso, as exportações para os EUA caíram 27% no mês, refletindo o impacto das tensões bilaterais.

Pequim tem ampliado suas vendas para outras regiões, como a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), União Europeia e África.

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