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Adidas Samba, Superstar e Gazelle podem ficar mais caros com as tarifas de Trump; entenda

Adidas prevê preços mais altos para seus tênis nos EUA, impactados pelas tarifas comerciais impostas por Trump

Adidas: empresa alerta que tarifas de Trump irão elevar os preços de seus produtos no mercado americano (Edward Berthelot/Getty Images)

Adidas: empresa alerta que tarifas de Trump irão elevar os preços de seus produtos no mercado americano (Edward Berthelot/Getty Images)

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 29 de abril de 2025 às 11h01.

Última atualização em 29 de abril de 2025 às 12h33.

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A gigante alemã de roupas e calçados esportivos, Adidas emitiu um alerta nesta semana sobre o impacto das tarifas comerciais impostas pelo governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, que devem elevar os preços de seus produtos no mercado americano.

A empresa afirmou que as tarifas mais altas acarretarão custos maiores para todos os seus produtos vendidos nos EUA, incluindo seus famosos tênis como Samba, Superstar, Stan Smith e Gazelle.

Essas tarifas fazem parte da política comercial rígida de Trump, que visa reduzir o déficit comercial americano impondo taxas sobre importações de países com os quais os EUA têm desequilíbrios comerciais, como China, Vietnã e outros países do Sudeste Asiático.

O Vietnã, em especial, foi alvo de uma tarifa recíproca de 46%, o que impacta diretamente a Adidas e outras marcas, já que cerca de 39% dos tênis da Adidas são fabricados no país.

Impacto das tarifas nas operações da Adidas

Embora a Adidas tenha reduzido ao mínimo suas exportações da China para os EUA para mitigar o efeito das tarifas, a empresa ainda está exposta a taxas elevadas, especialmente as que incidem sobre produtos provenientes de outros países, atualmente fixadas em cerca de 10%. Essa incerteza sobre as tarifas finais dificulta a previsão exata do aumento dos preços e seu impacto na demanda dos consumidores.

Além disso, a Adidas informou que praticamente não produz seus produtos nos Estados Unidos, dependendo fortemente de fábricas localizadas no Vietnã, Camboja, Indonésia e outros países asiáticos, que agora enfrentam tarifas elevadas. Como resultado, a empresa congelou sua projeção financeira para 2025, apesar de ter registrado lucros maiores no primeiro trimestre, devido à preocupação com o aumento dos custos e o efeito sobre o consumo.

Consequências para o mercado esportivo nos EUA

As tarifas impostas por Trump elevam os custos para a Adidas e outras marcas esportivas, o que deve se refletir em preços mais altos para tênis e roupas esportivas nos EUA, afetando consumidores e o mercado varejista no maior mercado esportivo do mundo.

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