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ADI da Eletrobras, balanços de BTG Pactual e Totvs e o que mais move o mercado

Mercado internacional inicia semana sem direção definida, após disparadas de sexta-feira

Eletrobras (Nadia Sussman/Bloomberg)

Eletrobras (Nadia Sussman/Bloomberg)

Publicado em 8 de maio de 2023 às 07h41.

Última atualização em 8 de maio de 2023 às 08h35.

Bolsas internacionais iniciaram esta segunda-feira, 8, sem uma direção definida, após terem disparado registrado fortes altas no último pregão. Nos Estados Unidos, o S&P 500 subiu 1,85% e o Nasdaq, 2,25%, enquanto o europeu Stoxx 600 saltou 1,08% o brasileiro Ibovespa, 2,91%. Tudo isso após os números do payroll de sexta-feira, 8, terem saído mais uma vez bem acima das expectativas. Foram criados 253.000 empregos urbanos em abril, 73.000 acima do esperado, e a taxa de desemprego caiu para 3,4%.

Se por um lado a economia americana segue se mostrando resiliente diante de taxas de juros cada vez mais altas, por outro, os dados fortes do mercado de trabalho dão maior confiança para Federal Reserve (Fed) permanecer firme em sua luta contra a inflação. Na decisão da semana passada, o Fed sinalizou que a alta para entre 5% e 5,25% pode ter sido a última, mas não descartou a chance de um novo ajuste em junho.

Pouca gente no mercado acredita em mais uma alta de juro, dado os efeitos das taxas mais altas no sistema bancário dos Estados Unidos. Mas os números fortes de atividade, como os do payroll, jogam contra uma antecipação do corte de juros.

Ouro e franco em alta

Temores sobre uma crise bancária nos Estados Unidos, inclusive, tem aumentado a demanda do mercado internacional pela segurança do ouro, que voltou a ser negociado próximo das máximas históricas. Incertezas sobre a saúde de bancos médios americanos também têm elevado a volatilidade do mercado de câmbio. Esse cenário, segundo o banco ING, tem favorecido o franco suíço, considerado por muitos ainda mais defensivo que o dólar. Desde março, quando estourou a crise do SVB, a moeda acumula valorização superior a 3% frente ao dólar.

"Como observamos recentemente, acreditamos que as propriedades defensivas (não correlacionadas) do franco suíço estão em demanda. Esperamos que continue assim até que a poeira comece a baixar na crise bancária regional dos Estados Unidos", disse o ING em relatório. 

Desempenho dos indicadores às 7h40 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,18%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,11%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,10%
  • DAX (Frankfurt): + 0,12%
  • CAC 40 (Paris): + 0,11%
  • Hang Seng (Hong Kong)*: + 0,58%

ADI da Eletrobras

No Brasil, os questionamentos sobre a estrutura de capital da Eletrobras foram ajuizados pela Advocacia-Geral da União (AGU) na noite de sexta-feira, 8, em ação pedido liminar ao Supremo Tribunal Federal (STF). A ação questiona o fato de a União ter menos de 10% dos votos da empresa, embora seja titular de 43% da empresa.

A ação questionando os termos da privatização já era esperada pelo mercado. A Eletrobras informou na manhã desta segunda-feira, 8, ter tido conhecimento da e Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI).

Balanços do dia

Investidores ainda deverão repercutir nesta segunda o balanço do BTG Pactual, divulgado nesta manhã. O banco (do mesmo grupo controlador da Exame) registrou receita e lucro líquido recordes no primeiro trimestre, de R$ 4,8 bilhões e R$ 2,3 bilhões, respectivamente. Em resultado também reportado nesta manhã, o Itaú apresentou lucro gerencial de R$ 8,43 bilhões, 14,6% acima do mesmo período do ano passado,

TIM (TIMS3), Sinqia (SQIA3) e Totvs (TOTS3) irão divulgar seus respectivos balanços após o encerramento do pregão desta segunda.

Agenda do dia

Sem grandes novidades na agenda econômica desta segunda, o principal destaque deve ficar com o boletim Focus do Banco Central.

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