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Acordo sobre dívida nos EUA, Erdogan reeleito e o que mais move os mercados

Efeito no mercado do avanço da discussão do teto da dívida dos EUA só ficará melhor percebido amanhã, por causa de feriado

Biden e McCarthy chegaram a acordo por telefone na noite de sábado  (AFP/Site Exame)

Biden e McCarthy chegaram a acordo por telefone na noite de sábado (AFP/Site Exame)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 29 de maio de 2023 às 07h47.

No fim de semana, as lideranças dos Estados Unidos chegaram a um acordo provisório sobre o teto da dívida, o que era aguardado com ansiedade pelos investidores globais e deve trazer alívio aos principais índices.

Agora o governo de Joe Biden corre com o texto para que a discussão aconteça no Congresso americano já na quarta-feira, 31.

Esse efeito, porém, só ficará evidente a partir de terça-feira. Nesta segunda-feira, 29, as Bolsas norte-americanas não abrem por causa do feriado de Memorial Day. E uma das principais bolsas europeias, a de Londres, também não opera hoje, tirando liquidez global.

Ainda no mercado externo, a vitória de Erdogan pode pesar na lira e no CDS (credit default swap, que mede a percepção de risco de calote) da Turquia e influenciar os mercados emergentes.

Nas notícias locais, o investidor espera a divulgação do Boletim Focus às 8h25 e acompanha à tarde a divulgação do Tesouro do relatório mensal da dívida para abril e a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento no Ceará.

Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,19%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,26%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 0,45%
  • FTSE 100 (Londres): em feriado
  • DAX (Frankfurt): - 0,02%
  • CAC 40 (Paris): -0,02%
  • Stoxx 600: -0,03%
  • Hang Seng (Hong Kong)*: -1,04%

* Mercado já fechado

Dívida dos EUA

Com o ponteiro do relógio pressionando e a aproximação do dia 5 de junho (quando o Tesouro calcula que o governo não conseguiria mais honrar seus compromissos), Biden e o líder republicano Kevin McCarthy finalmente chegaram a um acordo provisório sobre o teto da dívida dos EUA.

Líderes partidários enfrentam agora uma corrida contra o tempo para fortalecer o acordo no Congresso, com republicanos de extrema direita e democratas progressistas criticando as concessões feitas para selar o acordo.

Há 20 anos no poder, Erdogan reeleito

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan foi reeleito para um mandato de mais cinco anos, depois de já somar 20 anos no poder. Foi a primeira vez que Erdogan disputou o segundo turno, em sua eleição mais disputada. Ele teve 52% dos votos contra o social-democrata Kemal Kiliçdaroglu.

Ao fim, o político conservador conseguiu superar as desconfiança por causa da crise econômica dura que vive a Turquia. A manutenção do poder de Erdogan deve impactar a lira e o CDS do país e ter efeito nos mercados emergentes.

Expectativa de corte de juros no Brasil

Nesta semana o Senado começa a tramitação do arcabouço fiscal, o que vai ficar no radar dos investidores. Mas a divulgação de um IPCA-15 mais fraco em maio deu ânimo de que há espaço para início do corte dos juros, o que pode se refletir nas projeções das instituições financeiras no Boletim Focus, divulgado às 8h25.

Os investidores também estarão de olho na fala de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em evento “Prêmio Inovação para o Desenvolvimento Econômico”, no Ceará.

Para o Ibovespa, outra alavanca positiva deve ser a alta da cotação do minério de ferro, que deve impulsionar a ação da Vale (VALE3)Os  contratos futuros do minério de ferro em Cingapura fecharam em alta de 1,93%, a US$ 103,05 por tonelada. Na Bolsa de Dalian, na China, o minério saltou 4,89%, a US$ 101,58 por tonelada. 

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