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Ações de Vivo e TIM sobem com aceno de consolidação

As ações da Telesp, concessionária de telefonia fixa de São Paulo controlada pela Telefónica, também exibiram ganho

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2010 às 11h35.

São Paulo - As ações da Vivo e da TIM avançaram nesta terça-feira na Bovespa, diante da esperança de nova rodada de consolidação no setor de telecomunicações no Brasil, após a Telefónica anunciar uma oferta para comprar a fatia da Portugal Telecom na Vivo.

As ações preferenciais da Vivo subiram 5,05 por cento, a 47,80 reais, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, caiu 1,57 por cento. As ordinárias e preferenciais da rival TIM Participações avançaram 8,06 por cento e 5,26 por cento, respectivamente, para 6,57 reais e 4,80 reais.

As ações da Telesp, concessionária de telefonia fixa de São Paulo controlada pela Telefónica, também exibiram ganho, com valorização de 1,88 por cento, a 35,14 reais.

Na noite de segunda-feira, a espanhola Telefónica revelou ter feito proposta para comprar por 5,7 bilhões de euros a participação da Portugal Telecom na Vivo, operadora de telefonia móvel líder no mercado brasileiro. O grupo português, que compartilha o controle da Vivo com os espanhóis, rejeitou por unanimidade a oferta.

"Apesar da negativa da Portugal Telecom, a notícia deve ser positiva para Vivo --dado o prêmio oferecido sobre o preço da ação--, e também para Telesp e TIM (à medida em que indica que a Telefónica está mais agressiva para uma consolidação)", afirmou em relatório a equipe de análise do JPMorgan.

"Contudo, alertamos que qualquer acordo pode demorar a se resolver, dada a posição da Portugal Telecom e possíveis restrições antitruste", acrescentou.

De acordo com a Telefónica, sua proposta representa 112,29 reais por ação ordinária da Vivo que pertence à Portugal Telecom, um prêmio de 145 por cento sobre a média do valor do papel no mês anterior à oferta.

Além disso, a Telefónica disse que fará uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) das ações ordinárias da Vivo em circulação no mercado, caso seja bem-sucedida na compra das ações no bloco de controle.


Segundo as regras brasileiras, a Telefónica ofereceria o "tag along" aos minoritários detentores de ações ordinárias da Vivo, pagando 80 por cento do valor apresentado à Portugal Telecom, ou quase 90 reais.

As ações ordinárias da Vivo, com pouca liquidez, exibiram expressiva alta de 34,02 por cento, cotadas a 58,30 reais, na máxima do dia, com 143 negócios realizados.

O setor de telefonia móvel brasileiro conta com quatro grandes operadoras: Vivo, Claro (do grupo mexicano América Móvil), TIM e Oi. Executivos do setor já manifestaram, no passado, que há muitos concorrentes no mercado.

Para a Telefónica, que no ano passado viu frustrada sua tentativa de adquirir a empresa brasileira de telecomunicações GVT, comprada pela francesa Vivendi, a Vivo completaria sua oferta de serviços no Brasil.

O grupo espanhol dispõe de pacotes de serviços com telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura no Brasil, faltando apenas o celular.

Se não for bem-sucedida em assumir integralmente o controle da Vivo, analistas avaliam que a Telefónica poderia ir em busca da TIM Participações. A Telefónica já tem posição relevante na Telecom Italia, acionista majoritária da TIM. Nesse caso, porém, o grupo espanhol teria que abrir mão da Vivo, para não violar as regras do setor de telecomunicações do Brasil.

Entre os cenários possíveis, o banco suíço UBS aposta mais na consolidação e integração de Vivo e Telesp. 


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