petrobras-logo-divulgacao-460-jpg.jpg (.)
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2010 às 16h03.
São Paulo - As ações da Petrobras (PETR4); (PETR3) caem forte na sessão desta segunda-feira (30). A indefinição quanto aos detalhes do processo de capitalização da estatal continua a atrapalhar os negócios na bolsa brasileira. O principal temor do mercado está concentrado no preço do barril do petróleo a ser cedido para a Petrobras na forma de cessão onerosa pela União. Especula-se um valor em torno de 8,5 dólares.
O preço está sendo debatido entre a ANP (Agência Nacional do Petróleo) e a Petrobras. Ambas contrataram agências de análise independentes para achar um preço ao barril. O problema é que o preço encontrado difere muito. A empresa contratada pela Petrobras teria encontrado, segundo informações extraoficiais, um valor entre 5 e 6 dólares, enquanto a agência da ANP achou um valor entre 10 e 12 dólares.
Quanto menor o preço, maiores parecem as chances de a Petrobras ser bem-sucedida na empreitada do pré-sal. Porém, além do preço a ser definido, ninguém ainda sabe qual será a área concedida e o custo de extração do petróleo. Os detalhes devem ser divulgados no laudo técnico que acompanhará o anúncio do preço. A expectativa agora é de que isso possa acontecer nesta quarta-feira (2).
Para o gestor de fundos para a América Latina da Aberdeen Asset Management, Nick Robinson, é difícil avaliar se o preço de 8,5 dólares é justo, sem o laudo. "É difícil dizer - teríamos que ter uma ideia de onde estão as reservas e se há alguma sinergia com as reservas existentes", disse em uma entrevista por e-mail ao Site EXAME. "Espero algo entre os dois preços, com esperanças de ficar mais perto da agência da Petrobras", completou o gestor.
A Aberdeen é o segundo maior investidor privado na Petrobras, atrás apenas da gestora Black Rock. Às 15h50, os papéis da Petrobras tinham a maior queda do Ibovespa. As ações preferenciais caíam 3,2%, negociadas a 25,71 reais. As ordinárias recuavam 2,7%, vendidas a 29,16 reais.
Leia mais sobre Petrobras.
Siga as últimas notícias de Mercados no Twitter
Assine a newsletter do Canal de Mercados