Invest

Ações nos EUA se aproximam de recorde mesmo com riscos geopolíticos

Queda do petróleo e pausa nas tarifas sustentam otimismo dos investidores

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 24 de junho de 2025 às 10h35.

Com o cessar-fogo no Oriente Médio, o S&P 500 se recupera e está a apenas 2% do recorde. O mercado tem mostrado resistência diante dos desafios econômicos e geopolíticos, refletindo um crescimento econômico sólido.

Segundo o estrategista da Barclays, Emmanuel Cau, em entrevista à Bloomberg, eventos desse tipo tendem a ser pontos de entrada para investidores, não motivo para vendas em massa. Os fundos sistemáticos e investidores de varejo também ajudaram a sustentar a alta, apesar de os primeiros estarem com posições elevadas e a aproximação do período de restrição para recompras de ações.

O vencimento de US$ 6,5 trilhões no mercado de opções liberou espaço para uma maior volatilidade orgânica, o que pode favorecer movimentos mais naturais dos preços. O otimismo com ações ligadas à inteligência artificial impulsiona o mercado tecnológico, que lidera o desempenho desde o início de junho, mesmo com o restante do mercado em consolidação.

A inflação perde força com a queda do petróleo, que hoje está em torno de US$ 64 por barril. A atenção agora se volta para o prazo de 9 de julho sobre tarifas comerciais e para os resultados do segundo trimestre. A expectativa é de crescimento de 2,8% nos lucros por ação do S&P 500 em relação a 2024, segundo estimativa da Bloomberg Intelligence.

Para o estrategista Peter Tchir, da Academy Securities, um cenário otimista passa por uma extensão das pausas nas tarifas, possivelmente com acordos comerciais, o que abriria espaço para novas oportunidades de alta no mercado.

Acompanhe tudo sobre:AçõesEstados Unidos (EUA)Conflito árabe-israelensePetróleo

Mais de Invest

Netflix pode desafiar YouTube e TikTok com novos vídeos curtos, dizem analistas

Ibovespa abre em queda de 0,19% com tensão no Oriente Médio e ata do Copom

Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 3,5 milhões nesta terça-feira

JBS vai emitir dívida de US$ 3,5 bilhões - parte dela vence só daqui a 40 anos