Invest

Ações da Meta (M1TA34), dona do Facebook, desabam após resultados decepcionantes

Preocupação dos investidores levou os papéis da Meta a cair mais de 7% no começo do pregão em Wall Street

Meta (M1TA34) (AFP/Getty Images)

Meta (M1TA34) (AFP/Getty Images)

Asa ações da Meta (M1TA34), controladora do Facebook, Instagram e Whatsapp, estão registrando uma forte queda na manhã desta quinta-feira, 28, na Nasdaq.

Os papéis da Meta chegaram a cair mais de 7% no começo do pregão, e por volta das 12h horário de Brasília estão perdendo cerca de 6,50%.

A queda ocorreu um dia após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2022, ocorridos na última quarta-feira, 27, que ficaram muito abaixo das expectativas de Wall Street.

O mercado considerou os resultados como decepcionantes e está preocupado com a perspectiva negativa para o terceiro trimestre.

A Meta registrou sua primeira queda na receita por causa de cenário complicado por três razões principais.

Em primeiro lugar, por causa de uma redução dos ganhos com publicidade, provocada pelo ambiente macroeconômico adverso.

Em segundo lugar, um aumento da concorrência do TikTok, que está disputando o tempo do usuário com as redes sociais controladas pela Meta.

Por último, por causa das consequências das mudanças impostas pela Apple (APPL34) para proteger a privacidade dos usuários do iPhone. Algo que tornou mais difícil para a Meta direcionar suas campanhas de propaganda on line.

A Alphabet (GOGL34), controladora do Google, que divulgou na última na terça-feira, 26, seus resultados trimestrais, também está enfrentando os mesmos problemas.

Uma situação parecida a do Twitter (TWTR34), que reportou um prejuízo no trimestre.

Resultados da Meta (M1TA34) do segundo trimestre de 2022

O lucro líquido da Meta caiu 36% na comparação anual, passando de US$ 10,39 bilhões em 2021 para US$ 6,68 bilhões em 2022.

No semestre, o lucro líquido diminuiu 28,8%, passando de US$ 19,89 bilhões em 2021 para US$ 14,15 bilhões em 2022.

A receita também diminuiu, mas somente de 1%, passando de US$ 29,07 bilhões em 2021 para US$ 28,82 bilhões em 2022.

No semestre, entretanto, a receita aumentou, passando de US$ 55,24 bilhões em 2021 para US$ 56,72 em 2022.

Os usuários ativos cotidianamente no Facebook (DAUs) foram 1,97 bilhão em média em junho de 2022, um aumento de 3% na comparação anual. Uma alta maior do que os Usuários ativos mensais (MAUs), que chegaram a 2,93 bilhões, alta de 1%.

"Foi bom ver uma trajetória positiva em nossas tendências de engajamento neste trimestre provenientes de produtos como Reels e nossos investimentos em IA", escreveu Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, no relatório de resultados.

Mudanças importantes para tentar manter o engajamento dos usuários

A Meta está passando por um período de transição para tentar aumentar o engajamento dos usuários.

Zuckerberg chegou a anunciar que a empresa utilizaria inteligência artificial para recomendar conteúdo para usuários do Facebook e Instagram, em vez de apenas mostrar aos usuários conteúdo de contas que eles já seguem.

Esse esforço imita uma das características de assinatura do rival TikTok, que, segundo Zuckerberg, representa uma forte concorrência para o Meta.

As ações da Meta perderam cerca de metade de seu valor desde o início do ano, passando de US$ 338,54 para US$ 169,58, ressaltando a preocupação dos investidores sobre o futuro do principal negócio da empresa: a publicidade.

Acompanhe tudo sobre:Facebookmark-zuckerberg

Mais de Invest

Banco Central comunica vazamento de dados de clientes da Caixa

Quais são os seis tipos de dólar que existem?

Data-com Taesa: veja até quando investir para receber os proventos

Trump não deverá frear o crescimento da China, diz economista-chefe do Santander