Volatilidade: Inter, Méliuz e Locaweb foram as ações mais voláteis dos últimos 12 meses (DNY59/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 4 de maio de 2022 às 08h55.
Última atualização em 4 de maio de 2022 às 09h05.
Investir em bolsa é conviver com os altos e baixos do mercado. Mas nem toda ação varia do mesmo jeito, pelo contrário. Enquanto alguns papéis apresentam movimentos contidos, outros figuram constantemente entre os maiores ganhos ou perdas do pregão. Esses movimentos abruptos podem ser traduzidos em risco, dada a baixa visibilidade sobre o ativo.
Quantidade de ações em circulação, volume de negociação e incertezas sobre o negócio estão entre os principais propulsores da volatilidade no mercado. Por essa ótica, ações de empresas de tecnologia estão entre as mais arriscadas da bolsa, segundo levantamento da Economática, feito a pedido da EXAME Invest e com base na volatilidade histórica dos ativos nos últimos 12 meses.
Os papéis do Banco Inter (BIDI11) e Méliuz (CASH3) lideram a lista, com volatilidade histórica de perto de 88%. Locaweb (LWSA3) e Pan (BPAN4) aparecem na sequência, com respectivas volatilidades de 70% e 66%.
Parte desse movimento reflete o aumento das incertezas sobre empresas de tecnologia. Isso porque o cenário de alta de juros no Brasil e no exterior tem elevado os questionamentos sobre a capacidade de o setor entregar o crescimento já embutido no preço das ações.
Por outro lado, empresas voltadas às necessidades de consumo básico e com modelos de negócios relativamente previsíveis figuram entre as mais estáveis da bolsa.
Nesse quesito, o setor de energia elétrica é campeão. Engie, Taesa e EDP Brasil têm as menores volatilidades históricas do Ibovespa, com 16,32%, 18,35% e 19,71%, respectivamente. Entre elas, somente a EDP é menos estável que o próprio índice, que tem volatilidade histórica de 19,51% nos últimos 12 meses.
Confira a lista: