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Ações japonesas perdem força e mercados regionais recuam

Investidores realizavam lucros após o primeiro-ministro, Shinzo Abe, adiar o aumento do imposto sobre vendas


	Bolsa de Xangai: índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, recuava 0,69 por cento
 (Getty Images)

Bolsa de Xangai: índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, recuava 0,69 por cento (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 08h19.

Tóquio - As ações japonesas passaram a cair no começo da sessão nesta quarta-feira, com investidores realizando lucros após o primeiro-ministro, Shinzo Abe, adiar o aumento do imposto sobre vendas e anunciar que convocará uma eleição antecipada para buscar um novo mandato para suas políticas econômicas.

As ações asiáticas tiveram um dia misto, mas às 8h15 (horário de Brasília), o índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, recuava 0,69 por cento, atingindo a mínima em três semanas, com papéis relacionados a matérias-primas golpeados pelas quedas dos preços do petróleo e de outras commodities.

"A queda dos custos de energia é positiva para muitas economias, mas está afetando muitas ações de grandes companhias de matérias-primas, que têm uma presença muito grande em muitos mercados asiáticos", disse o estrategista sênior da Daiwa Securities Yukino Yamada.

O índice Nikkei de Tóquio caiu 0,32 por cento, mas o índice japonês mais amplo Topix subiu 0,12 por cento, atingindo a máxima em seis anos, por expectativas de que o adiamento, por 18 meses, da elevação do imposto ajudará a fortalecer a terceira maior economia do mundo, que inesperadamente entrou em recessão mais uma vez.

Nas condições econômicas atuais, "adiar o imposto sobre consumo seria positivo para ações", disse o estrategista-chefe da SMBC Nikko Securities, Ryota Sakagami, em relatório.

"Mas o bloco partidário no poder deve perder cadeiras. A vitória deles não deve criar esperanças de grandes mudanças.

Então não esperamos o tipo de boom nas ações japonesas que vimos após as eleições de 2005 e 2012", acrescentou Sakagami.

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