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MPX pode ganhar R$ 12,50 por ação com leilão A-3

Confira também análises para HRT, OGX, Ecorodovias, Positivo, Tereos, Marfrig, construtoras e varejistas

A MPX é a melhor posicionada para a disputa e estima que ela venda grande parcela, se não o total, do 1,2 gigawatt pré-qualificado, diz o analista (Divulgação)

A MPX é a melhor posicionada para a disputa e estima que ela venda grande parcela, se não o total, do 1,2 gigawatt pré-qualificado, diz o analista (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2011 às 18h34.

São Paulo - Aqui está o que se fala no mercado nesta sexta-feira (27):

1 – MPX pode ganhar R$ 12,50 por ação com leilão A-3

São Paulo – A MPX (MPXE3), braço de geração de energia do investidor Eike Batista, pode ganhar até 12,50 reais por ação com a possibilidade de a empresa repor o déficit criado com a parada de usinas do Grupo Bertin e de vencer a disputa do leilão A-3 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), afirma o Itaú BBA, em relatório.

O regulador revogou nesta semana a autorização de funcionamento das usinas Maracanaú e Barborema, ambas da Bertin, por dívidas com a Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco).A dívida das empresas com a CHESF supera R$ 170 milhões. Além disso, a Petrobras interrompeu, por medida judicial, os contratos para fornecimento de gás às usinas do grupo Bertin.

O analista Marcos Severine explica que o governo pode tentar repor o déficit casusado pelas usinas no leilão A-3, agendada para o final de julho. Segundo ele, a MPX é a melhor posicionada para a disputa e estima que ela venda grande parcela, se não o total, dos 1,2 gigawatts pré-qualificados. A venda poderia adicionar 12,50 reais ao preço-justo de 52 reais da MPX, explica o analista. A recomendação de desempenho acima da média do mercado (outperform) foi reiterada.

2 – Mercado não entende que teremos prêmio com a venda da fatia da Petra, diz HRT

A HRT (HRTP3) irá embolsar 50% do valor a ser proposto pelos blocos da Petra na bacia do Solimões que exceder ao 1,288 bilhão de reais que consta no contrato que exige a venda da fatia à empresa, caso a Petra se negue a vender a participação para um terceiro.

Desta forma, a HRT já receberia aproximadamente 200 milhões de reais com a proposta de 1,05 bilhão de dólares apresentada pela russa TNK-BP nesta semana. "Qualquer valor acima do 1,288 bi de reais, que faz parte do nosso acordo, fica 50% para gente e 50% para a Petra”, disse Márcio Mello, presidente da HRT em entrevista para EXAME.com.

3 – Eike Batista exagera com bônus e repete problemas da abertura de capital

Eike Batista está ouvindo dos investidores de renda fixa a mesma resposta que teve do mercado acionário no ano passado, quando foi forçado a baixar o preço na mais recente abertura de capital de uma de suas empresas.

A OGX Petróleo & Gás (OGXP3) teve de elevar em 100 pontos-base, para 8,5%, a taxa dos títulos em sua primeira captação internacional, com a qual levantou 2,56 bilhões de dólares. Os investidores rejeitaram a taxa ofertada inicialmente, de 7,5%, segundo BNP Investment Partners, Aberdeen Asset Management e Stone Harbor Investment. Em março de 2010, o bilionário reduziu em 40% o preço das ações na abertura de capital do estaleiro OSX Brasil (OSXB3).

4 – BB DTVM compra construtoras e varejistas com aposta em IPCA

A BB Gestão de Recursos - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (BB DTVM) está comprando ações de construtoras e varejistas com a expectativa de que uma retração da inflação beneficie a demanda doméstica, disse Jorge M. Ricca, gerente executivo de fundos de ações.

A companhia, administradora de recursos do Banco do Brasil, pode vender papéis de elétricas e empresas de telecomunicações depois desses setores terem tido uma alta maior que a média do mercado, disse Ricca, que administra 72,1 bilhões de reais em renda variável.

5 – Ecorodovias tem curto prazo ruim, mas é a preferida do Santander

Na opinião da equipe de análise do Santander, a Ecorodovias (ECOR3) continua sendo a preferida do setor de concessionárias de rodovias em toda América Latina. No entanto, a companhia teve seu preço-alvo reajustado para baixo após uma leve revisão nas projeções para o tráfego nas estradas.

Em relatório, os analistas Caio Dias, Bruno Amorim e Alexandre Amson cortaram o preço-alvo de 17,50 reais para 17 reais até o final de 2011. A nova projeção representa um potencial de valorização de 25,92% frente a cotação de 13,90 reais vista no fechamento do pregão de ontem (26). A recomendação de compra para os papéis foi reiterada.

6 – Positivo tem a maior alta em 3 semanas após nota do BTG Pactual

A Positivo Informática (POSI3), maior fabricante brasileira de computadores, teve a maior alta em três semanas na BM&FBovespa depois que a ação teve sua recomendação elevada de neutra para compra pelo Banco BTG Pactual.

As ações fecharam o pregão com alta de 8,55%, cotadas a R$ 6,60, o que marcaria a maior alta com base nos fechamentos desde 13 de maio. O Ibovespa subiu 0,31%, aos 64.295 pontos. “Acreditamos que a ação foi ajustada a todos os fatores negativos”, escreveram os analistas Carlos Sequeira, Bernardo Miranda e Fabio Levy, em relatório a clientes.

7 – Ação da Tereos está descontada e pode ter alívio após oferta, diz Ativa

A oferta primária de ações anunciada pela Tereos (TERI3) nesta semana tem pontos positivos e negativos. Pelo menos esta é a avaliação de Ricardo Corrêa, analista da Ativa Corretora. Para ele, no curto prazo a operação representa uma diluição do acionista minoritário. “A tendência é que até sua conclusão o preço das ações se mantenha pressionado”, avalia.

A empresa anunciou na quarta-feira (25) que estima captar entre 450 milhões de reais e 600 milhões de reais. Por outro lado, concluída a operação, Corrêa acredita que a tendência seja de apreciação do papel. Segundo ele, as ações da Tereos encontram-se descontadas em função da combinação da overhang (excesso de ações no mercado) relacionado à oferta e às circunstâncias de mercado.

8 – Ação da Marfrig sofre com fluxo de caixa desafiador, diz Santander

As mudanças nas projeções para o fluxo de caixa da Marfrig Alimentos (MRFG3), segundo maior frigorífico da América Latina, criaram um “cenário desafiador” para a companhia, obrigando a equipe de pesquisa do Santander a rebaixar nesta sexta-feira a recomendação e o preço-alvo para as ações da empresa.

Em relatório, os analistas Luis Miranda e Gabriel Vaz de Lima reduziram a recomendação de manter para underperform (performance abaixo da média do mercado), citando uma deterioração nos níveis de alavancagem no curto prazo, já que a projeção do Santander para a geração do fluxo de caixa da companhia está menor do que as despesas financeiras líquidas.

Diante disso, eles também cortaram o preço-alvo para as ações ordinárias da companhia, de 16 reais para 11 reais até o final de 2011. O novo valor representa um potencial de queda de 21,42% frente à cotação de 14 reais registrada no fechamento do pregão de ontem (26).

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