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Ações europeias recuam às mínimas em 1 mês no fim do pregão

Queda acompanhou o recuo das bolsas dos Estados Unidos, com a valorização do dólar reduzindo os preços de metais industriais


	Ações: o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, caiu 0,92%
 (Daniel Roland/AFP)

Ações: o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, caiu 0,92% (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 15h01.

Londres - As ações europeias recuaram às mínimas em um mês no fim do pregão desta quinta-feira, acompanhando o recuo das bolsas dos Estados Unidos, com a valorização do dólar reduzindo os preços de metais industriais e levando à queda dos papéis de mineradoras.

O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, caiu 0,92 por cento, a 1.373 pontos.

O índice chegou a subir a 1.391 pontos no início dos negócios, para então cair a 1.369 pontos, menor nível desde o fim de agosto. A queda de Wall Street na abertura dos negócios provocou o tombo na Europa.

O índice de matérias-primas do STOXX Europe 600 caiu 2 por cento, no pior desempenho setorial na Europa.

Os preços de metais básicos importantes tiveram forte queda diante de ganhos do dólar contra uma cesta de divisas.

As ações das mineradoras Rio Tinto e BHP Billiton caíram 2,4 e 2,9 por cento, respectivamente.

A queda dos contratos futuros de aço da China contribuiu para a perda das ações. Isso colocou mais pressão sobre os preços do minério de ferro, que acumulam queda de cerca de 41 por cento neste ano.

"O dólar está saltando agora e isso está respingando em todo o mundo. Os preços dos metais estão caindo por causa do câmbio e isso vai ter um impacto negativo sobre as mineradoras", disse o diretor administrativo da B Capital Wealth Management, Lorne Baring.

"As maiores empresas do setor de commodities podem ser capazes de aguentar a pressão, uma vez que têm balanços mais fortes, mas as empresas médias vão ser espremidas", acrescentou.

O fortalecimento da moeda dos EUA tende a encarecer metais denominados em dólares para detentores de outras moedas, diminuindo a demanda por matérias-primas.

Em Wall Street, as ações foram golpeadas pela contração de 18,2 por cento das encomendas de bens duráveis em agosto, maior queda desde o início da série histórica, em 1992.

Além disso, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram 12 mil, a 293 mil, na semana que terminou em 20 de setembro, enquanto o ritmo de crescimento do setor de serviços dos EUA diminuiu em setembro.

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