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Ações dos bancos brasileiros estão “bastante baratas”, diz André Esteves

Em entrevista à CNN, executivo diz ainda que o mercado de ações está interessante, principalmente com a correção do real

“Acho que a pergunta não é vender, mas é hora de estar mais defensivo", diz Esteves (Julio Bittencourt)

“Acho que a pergunta não é vender, mas é hora de estar mais defensivo", diz Esteves (Julio Bittencourt)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2011 às 22h20.

São Paulo – O chefe do BTG Pactual, André Esteves, está de olho no mercado de ações aos níveis atuais, principalmente após a correção da moeda brasileira em relação ao dólar.

“Eu gosto do mercado de ações, especialmente com essa correção na moeda. É uma alternativa interessante para um investimento”, disse o líder do maior banco de investimentos brasileiro em uma entrevista concedida à CNN nesta quarta-feira em Londres, após inaugurar um escritório na cidade.

Segundo ele, as ações dos bancos brasileiros estão “bastante baratas”. Em 2011, o Ibovespa – principal índice do mercado brasileiro – apresenta uma desvalorização de 23%. O IFNC, índice que acompanha os papéis das principais instituições financeiras do país, tem um recuo de 18,2% no período. 

Defensivo

Perguntado sobre o que ele venderia agora, Esteves preferiu uma postura mais conservadora. “Acho que a pergunta não é vender, mas é hora de estar mais defensivo. Para uma boa performance no longo prazo há períodos em que você deveria tentar ganhar dinheiro e outros em que você precisa tentar proteger o seu dinheiro. Acho que estamos mais no estágio da proteção”, afirmou ele. 


Para Esteves, há uma chance razoável de uma recessão tanto na Europa quanto nos EUA. “Menos de 50%, mas chances significativas”, ressaltou.

“Os mercados emergentes serão afetados e o Brasil naturalmente também. Mas isso não significa que a maioria dos mercados emergentes terá o mesmo tipo de desafios da Europa e dos EUA. É uma natureza diferente de desafios e, de certa forma, pode trazer até um benefício no gerenciamento do superaquecimento de algumas economias”, destacou.

Câmbio

Sobre o desempenho do real em relação ao dólar, o executivo avalia que isso é resultado de uma volatilidade natural causada por um momento financeiramente desafiador para o mundo, o que mudou a visão dos investidores sobre onde estão os portos seguros ou as boas oportunidades de investimentos.

“Os fundamentos não mudaram. O que estamos vendo é um pouco uma reversão dos movimentos dos últimos dois a três anos”, completou.

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